No encerramento da Festa de Verão da Expotur deste ano, Gazeta das Caldas falou com algumas das colectividades, que revelaram que a edição deste ano foi melhor do que as anteriores. Em 2016 houve uma ligeira recuperação depois de três anos em que a crise se fez sentir, mas este foi o ano em que as tasquinhas recuperaram o fulgor de outros tempos. A retoma do país chegou também às Caldas da Rainha.
Este ano, depois de três anos de crise e de um ano de recuperação ligeira, foi o ano em que as tasquinhas recuperaram o folgo de outros tempos. Todos os dias o recinto esteve bem composto e no final, em conversa com a Gazeta das Caldas, as associações falaram em maiores receitas.
João Pina, presidente da A.C.D.R. Santo Onofre Monte Olivett, disse que a edição de 2017 foi “melhor do que no ano passado, com mais gente e mais refeições servidas”. Contou que depois de três anos mais fracos, em que a crise se fez sentir também nas tasquinhas, “no último ano já se notou uma ligeira melhoria, mas este ano foi totalmente diferente, muito melhor”.
A cerimónia de encerramento realizou-se no intervalo de um concerto da Orquestra Ligeira do Monte Olivett (com 19 músicos, três cantores e um maestro). Foram distribuídos diplomas a todas as associações e depois houve tempo para os discursos.
Abílio Camacho, presidente da ADIO (entidade que gere a Expoeste) e da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, disse que, com este evento, a Câmara deu uma cana de pesca a cada associação e ensinou-as a pescar.
Já António Marques, director da Expoeste, afirmou que, apesar de o balanço ainda não estar feito, “foram servidas mais refeições que no último ano”, em que foram servidas 50 mil.
A afluência andou, segundo António Marques, perto das 200 mil pessoas no total dos 12 dias. “No Dia do Emigrante tivemos 22 mil pessoas”, contou.
Sobre os painéis solares fez questão de esclarecer que são 600 painéis quádruplos, ou seja, na realidade são 2400 painéis.
Cozinhas prometidas poderão não se concretizar ainda em 2018
António Marques garantiu que serão feitos todos os esforços para que no próximo ano já estejam prontas as cozinhas e que seja melhorado o sistema de ar forçado.
Mas esta intenção não foi garantida por Tinta Ferreira, presidente da Câmara, que no seu discurso, recordou que “é um investimento grandioso e não é seguro que o consigamos fazer rapidamente, mas vamos iniciar o projecto, ver quanto é que custa e abrir os concursos. Não garanto que possa ser concretizado logo para o Verão que vem, mas, se não for, será seguramente no outro”.
No seu discurso o autarca recordou que há muitos voluntários que tiram férias para trabalhar pelas suas associações e disse que “a maioria das tasquinhas conseguiu angariar mais receitas”, explicando que também houve uma despesa maior este ano, em que o certame custou à Câmara 138 mil euros. “A despesa que temos é duplicada pelas associações”, lembrou.
A ideia de que houve um aumento da receita foi também corroborada por Jéssica Daniel, presidente da ANDAR Ramalhosa, que em conversa com a Gazeta das Caldas disse que “este ano correu bastante melhor, mas para isso também contribuiu ser um dia a mais e o investimento nos artistas”. A dirigente associativa esclareceu ainda que “os três primeiros dias foram mais fracos, mas depois houve uma grande melhoria”.
As receitas das tasquinhas representam “mais de metade” do orçamento anual da colectividade. Se melhorasse alguma coisa seria, claro, “as cozinhas que estão prometidas há tantos anos e que, pelos vistos, não vão ser para o ano”.
Já à saída falamos com Luís Ventura, um caldense que todos os anos vem quase todos os dias às Tasquinhas. “É raro haver algo nas Caldas e as tasquinhas é um sítio onde podemos estar e divertirmo-nos, além de jantar”, explicou.
Todos os anos vai um dia jantar à Expoeste, sempre em tasquinhas diferentes. “Defendo que se devia fazer as Tasquinhas e a Feira do 15 de Agosto num espaço único, porque os dois eventos ficariam a ganhar”, afirmou.