Técnica para arrefecer Expoeste durante as tasquinhas será testada ainda este ano

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O padre Filipe Sousa foi o representante das associações na cerimónia de encerramento
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No dia 11 de Agosto encerrou-se mais uma edição das Tasquinhas, que foi considerada pela organização como “uma das melhores de sempre”. Ainda assim, mantém-se o problema do calor. Para a 25ª edição, que se realiza no próximo ano, será testado um sistema para fazer o ar frio descer e arrefecer o pavilhão. Uma experiência que deverá custar 6000 euros.
Este ano, com menos dois dias que a edição de 2018, as colectividades conseguiram facturar valores semelhantes e, nalguns casos, superiores. A mudança dos bares para o átrio de entrada da Expoeste foi considerada uma boa aposta, apesar das quebras na facturação que causou.

Isaque Vicente
ivicente@gazetadascaldas.pt

Durante dez dias cerca de 600 voluntários serviram milhares de refeições nas Tasquinhas. Esta edição foi considerada pela organização como “uma das melhores de sempre”, mas mantém-se o problema já antigo do calor e a dificuldade em arrefecer uma sala tão grande, com tanta gente e onde não é possível utilizar ar condicionado porque as portas estão abertas.
Para responder a este ponto negativo do certame, deverá ser testado um sistema simples que pretende empurrar para baixo a corrente de ar frio que é criada pelos ventiladores de ar forçado na zona mais alta do pavilhão. Para isso vão ser instalados aerogeradores (grandes ventoinhas) no tecto que, a serem implementados definitivamente, deverão custar entre cinco a seis mil euros.
A revelação foi feita à Gazeta das Caldas por António Marques, director da Expoeste, no encerramento da 24ª edição da Festa de Verão da Expotur.
O dirigente salientou que em 24 anos deste festival gastronómico nunca houve uma ocorrência relativamente à qualidade da comida.
Na cerimónia de encerramento, o padre Filipe Sousa foi o escolhido para ser o representante das colectividades, mas foi, segundo o próprio, “apanhado desprevenido”, não tendo tido tempo para recolher as reivindicações das colectividades. Ainda assim, disse que a ideia geral é que este ano correu tão bem ou melhor do que o ano anterior. À Gazeta das Caldas, o pároco disse que assim aconteceu na sua tasquinha – da Paróquia de Salir de Matos -, onde os cerca de 50 voluntários conseguiram facturar valores semelhantes ou superiores a 2018.
Também Hugo Feliciano, presidente da Casa do Benfica das Caldas, salientou que com menos dias que na última edição, conseguiram uma facturação maior. Jéssica Daniel, presidente da ANDAR (Ramalhosa), considerou também que esta edição correu bem. Ainda sem as contas fechadas, estimava que este ano teria sido “um pouco mais fraco que no ano passado, especialmente ao nível do bar”.
A organização da edição deste ano das tasquinhas custou 150 mil euros.

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BARES QUEIXAM-SE DE QUEBRA NA FACTURAÇÃO

Os responsáveis pelos bares elogiaram a ideia de criar uma zona apenas para este tipo de serviço, mas queixaram-se de quebras na facturação. No caso da associação de Laranjeira e Vale Serrão, essa quebra ronda os 50%. Filipe Caetano, presidente da colectividade, disse à Gazeta das Caldas que faltou divulgação e que “os primeiros dias foram horríveis pois só a partir de terça-feira é que as coisas começaram a melhorar”.
Inicialmente até era da opinião de que estarem no pavilhão seria sempre melhor, mas depois de uma primeira experiência considera que este espaço no átrio “não é mau, mas precisa de alguns melhoramentos, precisa de ter um ambiente de bar, segurança e sinalização e tem de ser muito mais divulgado”. Por outro lado, considera que trazer diferentes DJ’s também pode ajudar a atrair pessoas. “Isto devia estar a começar agora, que está a acabar, porque só agora é que as pessoas sabem que isto existe”, faz notar.
Na mesma linha de pensamento, surge Rui Henriques, presidente do Núcleo de Amigos dos Vidais, que se diz a favor deste novo espaço, mas não deixa de salientar a necessidade de uma maior divulgação. “Em termos de facturação foi mais fraco”, disse, divulgando que os lucros deverão, também neste caso, rondar apenas metade do último ano. “As pessoas que vão jantar ao pavilhão não se apercebem que existe aqui uma zona de bar”, afirma.
Esta foi uma ideia também partilhada por Maria João, presidente da associação de Moradores e Amigos do Bairro Azul, que se queixa principalmente da falta de divulgação. Ainda assim, a dirigente associativa acredita que “para o ano vai estar melhor pois isto com o hábito vai lá”.
Sobre a aposta da nova zona de bares, o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, no encerramento admitiu que ao início as pessoas não sabiam que existia aquele espaço, mas para o final já estava a funcionar bem e disse que dessa forma conseguiram não ter queixas de moradores da zona em relação ao barulho, o que costuma acontecer junto à porta 2 (na lateral direita do pavilhão ao fundo). Esta é, segundo António Marques, uma aposta para manter.

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