Elevação a vila foi aprovada, por unanimidade, na Assembleia da República, no dia 10 de janeiro, depois de projetos-lei do PSD e do PS. São agora seis no concelho e duas nesta união de freguesias
O concelho das Caldas tem, desde o dia 10 de janeiro, seis vilas. É que Tornada foi elevada pela Assembleia da República a vila, juntando-se a Santa Catarina (em 1991), Foz do Arelho e A-dos-Francos (ambas no ano de 2009), Salir de Matos e Salir do Porto (estas duas elevadas também recentemente, no mês de outubro do último ano).
A votação foi unânime e veio na sequência de dois projetos-lei um do Partido Social Democrata (PSD) e um do Partido Socialista (PS).
Os projetos-lei dos dois partidos notavam que se trata de uma localidade “em franca expansão” e que é servida por diversas infraestruturas sociais, educativas, de saúde, recreativas, culturais e também desportivas.
Os documentos salientam ainda que a freguesia conta no seu território com escolas, lares e residência seniores, associações desportivas e culturais e várias estruturas na área saúde, entre as quais a Unidade de Saúde Familiar, farmácia, laboratório de análises clínicas e clínica dentária.
A freguesia dispõe ainda de ATM (Multibanco), posto de correios e, no plano turístico e do património cultural, destaca-se o Centro Ecológico Educativo do Paúl de Tornada – classificado como Sítio Ramsar desde 2001 e como Reserva Natural Local a 02 de julho de 2009, integrando a Rede Nacional de Áreas Protegidas.
Na proposta do PSD os deputados eleitos pelo círculo de Leiria juntavam ainda a importância histórica da povoação, associada à fundação da cidade das Caldas pela Rainha D. Leonor.
Conta a lenda que a Rainha D. Leonor vinha do seu castelo de Óbidos e ia para a Batalha encontrar-se com D. João II, seu marido, quando, ao passar por Caldas [então chamada Caldas de Óbido] viu umas pessoas que tomavam banho numas poças de água que “cheiravam mal” e que lhe disseram serem curativas.
A Rainha, que tinha um problema de pele, tomou banho nas águas e, sentindo-se melhor, resolveu “retornar”, ficando o local conhecido como Tornada, lembra o PSD no decreto-lei.
João Lourenço, presidente da União de Freguesias de Salir do Porto e Tornada (que agora passa a ter duas vilas nesta união), explicou que só foram informados da votação na Assembleia da República no dia anterior à mesma e que, por isso, não tiveram “oportunidade de preparar o apontamento para a celebração deste momento, algo que iremos fazer nos próximos dias para depois comunicar à população”.
À Gazeta mostrou “satisfação, mostra a evolução de ambas e o desenvolvimento que tiveram” e revelou que as comemorações, que passarão por juntar as pessoas num convívio como ocorreu em Salir do Porto, serão integradas na festa de Tornada, no final deste mês e princípio do próximo.
O autarca agradeceu ainda “a todos os que contribuíram, ao longo dos anos, para que este momento da elevação fosse possível”. ■