Presidente e vereadores na Câmara, líder do grupo municipal e presidentes das uniões de freguesia relataram o trabalho feito e apontaram ao futuro
O Vamos Mudar cumpriu três anos de mandato nos diversos órgãos do poder autárquico e fez um balanço numa conferência que teve lugar no dia 30 de outubro no Café Concerto do CCC.
Vítor Marques começou por afirmar que o balanço destes três anos é positivo e que valeu a pena o movimento ter-se apresentado a eleições. “Valeu a pena, desde logo, por ter tido a oportunidade de conhecer muitos de vós, que eu não conhecia, poder ter interagido convosco e acho que, todos juntos, conseguimos construir muita coisa bonita pela nossa cidade”, disse, dirigindo-se aos membros e apoiantes do movimento presentes. O presidente da associação Vamos Mudar, que é também presidente da Câmara das Caldas, lembrou que “este é um projeto para as pessoas, para uma cidade que queremos ver prosperar, e continuaremos a trabalhar todos os dias para concretizar esta visão.”
Vítor Marques enfatizou a importância da modernização administrativa realizada no município, com a criação de um novo Geoportal para facilitar o acesso à informação pelos munícipes e a introdução de um sistema atualizado de gestão documental. “Hoje, somos mais autónomos e capazes de responder com mais eficácia às necessidades da população”, afirmou.
Olhando para o futuro, Vítor Marques elencou cerca de 45 milhões de euros de investimentos a realizar pelo município, a maior parte no âmbito do Portugal 2030. O município candidatou-se a 11,5 milhões de euros no programa dos Investimentos Territoriais Integrados, mais de 3 milhões para o novo balneário termal, aos quais se somam os 6,7 milhões de euros já garantidos do PRR para projetos como os Bairros Digitais e o centro alojamento temporário. O autarca adiantou que se está a aguardar por uma verba de 23 milhões de euros do Banco Europeu do Investimento para colmatar a falta de verba para a requalificação das escolas Raul Proença, D. João II e de Santa Catarina.
A missão do executivo municipal é “tornar as Caldas num lugar mais atrativo, sustentável e criativo”, disse Vítor Marques, destacando que desde os Censos 2021 o concelho já registou um crescimento populacional de cerca de 3.400 habitantes.
O vice-presidente, Joaquim Beato, destacou a importância da “transparência, proximidade e competência” como pilares de uma governação eficaz. O vereador enfatizou que, apesar dos obstáculos, o executivo municipal conseguiu avançar em várias frentes, sempre com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. Exemplo disso foi a implementação de um sistema de atendimento ao munícipe, onde os cidadãos podem apresentar questões e sugestões de forma transparente, assim como melhorar o despacho dos processos.
Conceição Henriques, vereadora na Câmara das Caldas, salientou que foram “três anos de trabalho difícil”. A vereadora realçou que conseguiu transformação total nos pelouros da Ação Social, da Juventude e da Comunicação. Alterações profundas nos pelouros da Cultura e da Modernização, que partilha com os restantes membros do executivo. A Educação e os Recursos Humanos tiveram transformações parciais. Onde há mais por ser feito é o pelouro do Turismo, mas “está neste momento em maior ativação”, garantiu.
Na Assembleia Municipal, António Curado, líder do grupo municipal do Vamos Mudar, realçou algumas conquistas que o grupo tem conseguido na assembleia, dando as transmissões das sessões, que se iniciaram na semana passada, como exemplo de transparência e acessibilidade na política local. Importante foi também a entrada em vigor do regulamento de funcionamento daquele órgão autárquico, conferindo-lhe maior transparência.
Para António Curado, o maior desafio do grupo municipal do VM tem sido a falta de maioria na Assembleia. “O facto de não termos maioria limita-nos, muitas vezes, naquilo que queremos fazer”, disse.
Além da Câmara, o VM lidera os executivos das uniões de freguesias da cidade, cujos presidentes também fizeram um balanço do trabalho realizado. Nuno Aleixo, presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, destacou a aprendizagem que veio com o mandato, ressaltando a importância do diálogo constante com os cidadãos. “Sempre que alguém critica, encaro como uma oportunidade de melhorar. Para mim, essas críticas são construtivas, ajudam-nos a desenvolver o nosso trabalho”, salientou.
Miguel Monteiro, vogal da União de Freguesias de Nossa Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, disse que nunca tinha sido uma ambição pessoal ser político, “mas estou muito grato por fazer parte do movimento, aprendi imenso, conheci pessoas de grande valor”. Miguel Monteiro enumerou os trabalhos realizados, salientando que o executivo deu “continuidade ao que estava a ser feito nestas freguesias”. ■