Falta à cidade uma marina transatlântica

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Autarca está em sintonia com vereadores do PS e ambiciona projeto
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Projeto é uma das prioridades do executivo liderado por Henrique Bertino

Concretizado o porto de pesca, a construção de uma marina é o grande sonho de Peniche que ainda não viu a luz do dia. E este é um projeto que o presidente da Câmara, Henrique Bertino, espera “deixar encaminhado” quando deixar o lugar. Esta obra foi um dos temas discutidos em mais uma campanha eleitoral e a última não foi exceção, com o candidato socialista Ângelo Marques a marcar a agenda com a promessa de iniciar o processo junto do Governo. Integra agora o executivo como vereador, o que poderá ajudar à ligação com as entidades governamentais que têm a tutela.
Pretende-se que a futura marina de Peniche possa receber embarcações de grande porte, nomeadamente cruzeiros, porque, defende Henrique Bertino, a “localização é privilegiada”. A cidade está no meio do país, que por usa vez está numa posição de transição entre África e a Europa. Do lado de lá do oceano há um continente que encontra em Portugal um porto de abrigo após a viagem. Daí que o ‘cluster’ da construção e reparação naval seja olhado com particular interesse, sobretudo para o desenvolvimento dos Estaleiros Navais de Peniche. Tal investimento, acredita o chefe do executivo municipal, “atrairia pessoas de toda a Europa e permitiria dar um impulso à nossa economia”. Henrique Bertino considera interessante o conceito de ‘capital da onda’, mas está mais focado em “afirmar a grande marca do concelho que é Peniche”.
No tocante ao turismo, Ângelo Marques, que detém o pelouro, destacou à Gazeta a importância da etapa do Mundial de Surf. “Tem uma importância vital e um impacto positivo, direto e indireto na economia da região Oeste e em particular do concelho”. O autarca promete que a Câmara, em articulação com a comunidade, vai levar a cabo iniciativas com o objetivo de “mobilizar os turistas a visitarem a cidade e o concelho e a desfrutarem e a usufruir de tudo o que temos para oferecer, permitindo assim que esse impacto possa perdurar para além da etapa”.
O socialista não tem dúvidas de que 2009, ano em que se realizou a primeira prova, foi “o momento de viragem com um mediatismo e um reconhecimento internacional que até então tardava em acontecer”. Nesse ano a vitória pertenceu a Mick Fanning perante uma multidão de 20 mil pessoas. “O estrondoso sucesso desta prova, assim como os milhões de visualizações levou a WSL a tornar esta paragem obrigatória no ‘tour’ mundial de elite”, realça. Está convicto de que existem bons indícios para a edição deste ano: “Prova disso é a afirmação do surfista que foi o primeiro campeão olímpico, Italo Ferreira, que há poucos dias, e após ter surfado na praia dos Supertubos, tinha apanhado mais tubos em cinco dias em Portugal que em três anos no Hawai”. ■

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