O conflito que atinge, de forma trágica, a Ucrânia e o seu povo, provocado pela Rússia de Putin, dada a quase unanimidade de posições que reúne em Portugal e no mundo,
faz-nos recordar outro momento histórico nos últimos anos: a invasão e ocupação de Timor Leste pelos indonésios. Histórias que lembram o episódio bíblico de David contra Golias.
Como é possível no séc. XXI assistir-se a um acontecimento deste tipo, que contraria tudo aquilo que pensávamos possível de ponto de vista ético e legal, seguindo a sofreguidão dos anseios expansionistas e imperialistas de um líder político que quer mais e tudo, num país gigante em território mas anão em sabedoria e respeito dos direitos dos povos.
Já quase nos habituámos a viver neste século e milénio “coisas” inesperadas e impensáveis, que vão da queda das torres gémeas em Nova Iorque em direto na TV, seguido da invasão ao Iraque que despertou novos conflitos, a uma pandemia global surgida talvez de um inexplicável bicharoco num mercado chinês e que “fechou” quase o mundo durante dois anos.
Vimos neste quase quarto de século aquilo que nunca pensámos ser possível e o que nos esperará nos anos vindouros?
Mas, simultaneamente, e como facto otimista, assistimos à descoberta de vacinas impossíveis em menos de um ano, como a manifestações de solidariedade para com povos vítimas da soberba e violência de outros, com gente e em locais inesperados.
Mesmo perante tanta insensatez e malvadez nuns casos, tem sido simultaneamente bom viver estes tempos com muita coragem e amizade. ■