Campanha “Verão com Prevenção” alertou para o risco da exposição desprotegida e incorreta ao sol
O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro levou a cabo a campanha “Verão com Prevenção” que colocou o cancro da pele no centro das atenções. A ação, que decorreu entre 6 de julho e 6 de agosto, mobilizou mais de cinco mil crianças da região Centro, que quiseram saber mais sobre os fatores de risco para o cancro da pele, mostrando-se recetivas à promoção da adoção de comportamentos mais saudáveis e benéficos.
Esta iniciativa, que conta com o apoio dos voluntários da instituição em colaboração com os municípios e capitanias marítimas, foi destinada ao público em geral, interessado em saber mais sobre a exposição solar segura, mas, particularmente, às crianças com idades compreendidas entre os seis e os 12 anos.
No âmbito da prevenção primária foram distribuídos folhetos informativos e materiais alusivos a uma exposição solar segura, como foi o caso das 2500 t-shirts da campanha de tecido denso e cor escura, 1000 chapéus de abas largas para adultos e crianças e 500 óculos escuros com proteção UV (ultravioleta). Foram ainda distribuídos 1000 relógios com indicação da radiação UV, 3000 fitas de pulso com mensagens alusivas à proteção da pele, 400 lancheiras e 5000 cadernos “As minhas aventuras contra o Sr. Escaldão”. Foi também disponibilizado aos veraneantes um dispensador de protetor solar. Paralelamente, realizaram-se atividades especificas para crianças, como é o caso do jogo “Heróis do Sol Saudável” e havia, ainda, à disposição das crianças, o caderno de atividades “As minhas aventuras contra o Sr. Escaldão”. Já no que diz respeito à promoção da Prevenção Secundária foi dada a conhecer a regra do ABCDE que permite aprender a distinguir os sinais normais e os aqueles que representam risco, refere o Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC.LPCC), em nota de imprensa.
De acordo com a mesma entidade, o cancro de pele continua a aumentar em Portugal. Dados recentes indicam que dois dos cancros mais frequentes, o basiloma e o carcinoma espinocelular, estão a aumentar entre 5% a 6% anualmente. Também a incidência do melanoma, o tipo de cancro de pele mais perigoso, tem aumentado de forma significativa (cerca de 7% por ano), refere. O cancro da pele pode ser detetado precocemente e o principal fator de risco é a exposição aos raios ultravioleta, para os quais existem fatores de proteção. “Este é o cancro mais frequente a nível mundial entre as populações de pele predominantemente clara e a sua ocorrência tem aumentado de forma drástica ao longo das últimas décadas”, salienta o NRC.LPCC, acrescentando que as estatísticas indicam que, por ano, surgem em Portugal cerca de 15 mil novos casos de cancro da pele, 1500 dos quais são melanomas. ■

































