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Todos sabemos que atualmente o ser humano tem, em média, o dobro da longevidade de outros tempos, e não é preciso recuar muito na História da Humanidade. No início do século 20, era incomum as pessoas ultrapassarem a idade de setenta anos. A melhoria da alimentação e dos cuidados de higiene, as vacinas, os antibióticos e a acessibilidade aos cuidados de saúde, foram os principais factores que contribuíram para o aumento da população idosa em quase todas as regiões do mundo. A função visual sofre mudanças no decurso da vida adulta e algumas alterações podem funcionar como biomarcadores ou fatores de risco para o desenvolvimento de doenças oculares ou neurológicas na idade adulta tardia. É importante conhecer os factores biológicos (por exemplo, neuronais ou ópticos) e os factores ambientais (como o tabaco ou a dieta) que podem influenciar um envelhecimento mais “saudável”. A perda da visão das cores, pode estar relacionada com a Catarata e os campos visuais também afetados pelo envelhecimento, podem estar relacionados com o Glaucoma ou com alterações neurais ligadas ao envelhecimento. Também a sensibilidade ao contraste, adaptação ao escuro e a percepção de movimento diminuem com a idade, de tal forma que em condições de baixa luminosidade, os idosos exigem, em média, três vezes o contraste dos adultos mais jovens. Os adultos mais velhos também são menos capazes de discriminar entre duas direções de movimento e diferenciar diferenças de velocidade. Todos estes défices podem contribuir para as dificuldades no desempenho das tarefas diárias, como a mobilidade, a condução, a leitura com pouca iluminação e estarem associados a acidentes de viação e a quedas. Além da Catarata e do Glaucoma, a Degenerescência Macular da Idade e a Retinopatia Diabética são as principais causas de cegueira nos adultos. Todas estas doenças devem ser precocemente diagnosticadas, tratadas e regularmente vigiadas pelo seu oftalmologista. Os resultados de investigações publicadas pelo grupo de oftalmologistas da AMO podem ser usados para desenvolver e avaliar intervenções que retardem ou revertam parcialmente o envelhecimento relacionado com as perdas de capacidades funcionais visuais, melhorando assim a qualidade de vida. Não há remédio melhor do que a prevenção e a vigilância para permitir atuar rápida e eficazmente, antes que as sequelas graves se instalem de forma irreversível associadas a perdas de visão irrecuperáveis. Consulte o seu médico, cuide dos seus olhos e da sua visão, mantenha-se activo e feliz.
João Paulo Cunha