A taxa de tuberculose no Oeste é de 4,7 casos por 100.000 habitantes, menor que no país, que se encontra nos 20 casos em cada 100.000 habitantes.
Em Portugal a doença tem diminuído sistematicamente desde que há registos.
No início do século XXI, a taxa de incidência de novos casos era de 40,6 por 100.000 habitantes. Esta taxa tem vindo a baixar e, em 2015, atingiu-se pela primeira vez o patamar abaixo dos 20 por 100.000/hab.
“Esta taxa é considerada de baixa incidência pela Organização Mundial de Saúde”, afirmou Mário Durva, delegado de Saúde Regional de Lisboa e Vale do Tejo.
Em relação ao Oeste Norte, as consultas de tuberculose estão a ser efectuadas, actualmente, no Bombarral e nas Caldas da Rainha.
A tuberculose é uma doença provocada por uma bactéria chamada bacilo de Koch e que se pode desenvolver em várias partes do corpo humano, embora a mais frequente localização seja a pulmonar “pois a respiração é a porta de entrada no nosso organismo”, referiu Mário Durval, acrescentando que esta é uma doença resistente aos tratamentos e por essa razão “estes são muito prolongados, entre nove meses a um ano”.
Os medicamentos para tratamento da tuberculose são, na sua maioria, “os mesmos desde há muitos anos e continuam eficazes na generalidade das situações”, referiu o delegado de saúde. Entretanto, “alguns bacilos ganharam resistências e nesses casos utilizam-se medicamentos novos”.
Segundo o médico, estas resistências devem-se sobretudo aos casos que não cumprem os tratamentos até ao fim. Para prevenir estas situações, os delegados de saúde “vêem-se, por vezes, obrigados a determinar tratamentos compulsivos para defesa da Saúde Pública”, rematou aquele responsável.