As escolas têm alternativas caso não possam colocar os alunos em estágio
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A formação em contexto de trabalho é uma componente importante nos cursos do ensino profissional, mas a pandemia de covid-19 causa alguma incerteza na sua realização. Escolas têm alternativas preparadas, mas acreditam que os estágios serão realizados

O ensino profissional tem crescido na região entre as escolhas dos jovens na preparação do seu futuro. Por se tratar de um ensino prático, direccionado para a aprendizagem de uma profissão, este tipo de curso tem uma componente de formação em contexto de trabalho (os chamados estágios), mas em plena pandemia de covid-19 esta parte da formação pode estar em risco, pelo menos em alguns sectores, como o turismo. Nesta altura, esse cenário mais negativo não está em causa, mas as escolas têm planos B, caso a evolução da pandemia assim o exija.
Nas Caldas da Rainha, a Escola Rafael Bordalo Pinheiro é a que tem maior número de alunos nos cursos profissionais e a directora do agrupamento, Maria do Céu Santos, diz que, neste momento, a realização dos estágios não está em causa, “desde que as entidades que acolhem os alunos estejam em funcionamento”. De resto, acrescenta, no Verão os estágios foram realizados.
A directora realça apenas houve algumas dificuldades para colocar os alunos de turismo, que terão que realizar mais horas de estágio este ano para compensar.
O cenário é idêntico na Escola Técnica e Empresarial do Oeste (ETEO). No final do ano passado, com a pandemia, apenas os terceiros anos estagiaram. Os segundos acumularam as horas para cumprirem neste. Pela importância que esta componente dos cursos tem, a estratégia da escola passa por colocar rapidamente os alunos em estágio. O terceiro ano vai ficar uma semana na escola e depois inicia os estágios, “esperando que possam fazer as horas todas”, refere a directora.
Além de garantir o tempo de estágio, a medida permite que a escola tenha menos alunos em simultâneo no seu espaço.
Nas áreas em que os alunos contactam com população vulnerável, nomeadamente nos cursos de animador sociocultural e na área da saúde, os alunos vão ser testados à covid-19.
Caso a evolução da pandemia coloque em risco a realização dos estágios, a escola tem preparado um plano de recurso, que passam por adopção de prática simulada ou trabalho de projecto.
Também a Escola Rafael Bordalo Pinheiro tem preparadas alternativas semelhantes. “Vamos adaptando as nossas práticas à situação que estamos a viver, temos previstos vários cenários”, diz a directora Maria do Céu Santos.

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