As brincadeiras no recreio são uma das limitações para o novo ano lectivo
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Corredores de circulação, dispensadores de álcool gel à entrada e saída das salas, espaços de recreio delimitados, intervalos desfasados, uso de máscaras dentro e fora das salas de aulas são apenas algumas das novas rotinas para a comunidade escolar

Começou esta semana para milhares de alunos na região o ano escolar que se afigura como o mais atípico de que há memória.
Enquanto a humanidade lida com a maior pandemia dos últimos 100 anos, há que assegurar o funcionamento o mais normal possível da sociedade. O funcionamento da escola, além da componente de ensino que é indispensável às comunidades, tem também um papel importante no libertar da população activa para que possa desenvolver actividade profissional.
Embora haja discussão sobre o nível de contágio do novo coronavírus que existe entre os mais jovens, as medidas para evitar que esses contágios existam são inevitáveis e isso implementa nas escolas um conjunto de novas rotinas que é preciso enraizar e que, em última análise, não deixam de ser parte da formação cívica dos adultos do futuro.
Ao nível das estruturas, as mudanças começam pela criação de corredores de circulação nas escolas, de modo a que não haja cruzamentos no caminho de entrada e saída da escola e das salas de aula.
Dispensadores de álcool gel vão garantir a desinfecção das mãos à entrada e saída das salas, onde o uso de máscara é aconselhado e obrigatório a partir do segundo ciclo.
No recreio e espaços de refeições, haverá delimitações e restrições ao nível do número de alunos em simultâneo. Há ainda apelos à para a etiqueta respiratória.
Mas as mudanças na escola não são só físicas, em termos de infra-estruturas e materiais de apoio. Há um conjunto de valores que são incutidos nas crianças desde tenra idade que a pandemia acaba por subverter.
Um deles, talvez o mais significativo, é o da partilha.
Na sala de aula não será permitida a partida de materiais escolares, fora dela a partilha de lanches e brinquedos e jogos também é altamente desaconselhada.
Outro valor intrínseco à condição humana e que ficará vedado pelo menos neste ano lectivo é o da socialização entre comunidades, ou entre grupos dentro das comunidades.
Os intervalos desfasados irão contribuir objectivamente para que convívio entre elementos de anos e turmas diferentes não ocorra, algo que tem impacto uma vez que os alunos mais velhos têm, muitas vezes, um papel importante na integração dos mais novos na comunidade escolar.

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