Os retratos dos animais que vivem no Parque estão patentes numa exposição, patente na Biblioteca. A venda das imagens reverte para alimentar as espécies que habitam naquele espaço verde caldense
O fotógrafo Filipe Marques passa horas a captar os animais que habitam no Parque D. Carlos I. Não faltam nesta exposição vários pavões, cisnes e até galinhas que fazem da ilha do Parque o lar.
“Não foi nada fácil escolher 35 imagens das mais de 300 que possuo….”, contou o autor que sabe esperar pelo clique certo e assim poder captar o momento em que um dos pavões albinos decide abrir o seu leque de penas.
Na exposição encontram-se retratos individuais das várias espécies desde os patos (mandarins, reais e carolinos) e tartarugas, num sem fim de espécies que têm nas Caldas o seu habitat.
“Os animais do Parque estão habituados à presença das pessoas e muitos até se deixam fotografar”, contou o autor, de 52 anos, que fotografa há vários anos com a sua máquina Sony. Fotografar é uma paixão deste autor que já tem vários anos. Filipe Marques contou que o seu pai, que também se dedicava à fotografia, ofereceu uma máquina a cada um dos seus filhos que assim passaram a ter na captação das imagens um dos seus passatempos favoritos.
Além da Sony, também recorre ao telemóvel. Aconteceu, por exemplo, com a captação da imagem das borboletas, no espaço onde antes funcionava o antigo parque de campismo da Orbitur.
Entre as espécies que mais gosta de captar encontram-se os pavões que “são sempre espectaculares”.
Pelos vários espaços do parque vivem espécies diferenciadas com é o caso das galinhas polacas que têm uma espécie de grande “franja”. “É uma das espécies com mais estilo do parque”, contou Filipe Marques que quando vem fotografar para o parque chega depois do almoço e só vai para casa quando anoitece. Entre as fotografias que ocupam duas salas da entrada da Biblioteca Municipal, há casais de pombos enamorados e patos reais que “desenham” formas na água.
Cada fotografia, emoldurada, custa 15 euros e podem ser adquirida ao próprio autor. A mostra tem uma carácter solidário pois reverte integralmente para a alimentação dos animais que vivem no Parque D. Carlos I.
Filipe Marques, que também gosta de fotografar a Lagoa, encara com gosto a possibilidade de continuar o trabalho fotográfico em relação ao Parque D. Carlos. Agora poderia retratar não só os animais da Mata, como também captar a flora dos dois espaços. A exposição, patente na Biblioteca das Caldas até 27 de novembro, estreou na Casa dos Barcos onde esteve entre agosto a setembro.