A singular voz de Sofia Escobar encerrou 30º Cistermúsica

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Cantora Sofia Escobar foi a convidada para encerrar a 30ª edição do festival

A Banda Sinfónica de Alcobaça convidou a cantora Sofia Escobar, para encerrar, na noite do passado sábado (6 de agosto), a 30ª edição do Cistermúsica, o festival de música clássica que se realiza no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça. Na Cerca do Mosteiro, ao início da noite, centenas de pessoas marcaram presença, esgotando a lotação daquele espaço. Os vários elementos da Banda subiram a palco e, depois, entrou o maestro Rui Carreira e a cantora, recebidos de imediato com um aplauso que antecedeu um espetáculo de grande nível.
Do programa fizeram parte temas de musicais norte-americanos e não só. “Somewhere over the rainbow”, de “O Feiticeiro de Oz”, “Memory”, de Cats, “I Dreamed a Dream”, de Os Miseráveis e “Don’t Cry For Me Argentina”, de Evita foram alguns dos temas apresentados, tal como “I Feel Preety”, de “West Side Story”. Depois, houve tempo para a artista apresentar “Tanto Mais”, tema da autoria de Renato Júnior e Tiago Torres da Silva, que integra e dá nome ao primeiro álbum de Sofia Escobar.
À singular voz da cantora e à excelência da utilização dos instrumentos por parte dos elementos da Banda juntou-se um jogo de luzes nas paredes do Mosteiro.
“Atuar neste festival é um sonho antigo que estou a concretizar e estou muito grata e muito contente por termos esgotado os bilhetes”, partilhou a artista, notando que “os últimos dois anos foram muito difíceis para nós, artistas, e é tão bom sentir o calor do público”. Durante a atuação, a atriz, que se notabilizou no teatro em Inglaterra, elogiou também a excelência dos músicos da Banda Sinfónica de Alcobaça. “É um prazer e é fácil tocar com músicos deste calibre”, afirmou a artista, que, no final, caraterizou esta atuação como “uma noite muito especial”.
Linda Magalhães, lisboeta que tem casa em Alcobaça, procura estar na cidade aquando do Cistermúsica para acorrer aos concertos. “Faço sempre o possível para estar cá durante o festival, porque já aqui assisti a concertos muito bons”, referiu a alfacinha, elogiando a voz da intérprete. “O facto de ser um festival de música clássica num mosteiro é interessante, mas há muitas coisas além da música clássica que combinam bem com este mosteiro, é um espaço de excelência para a realização de eventos”, fez notar a lisboeta, depois de uma “muito agradável noite em família”, frisou.
João Santo costuma vir ao Cistermúsica. “Este ano vi alguns espetáculos na Cerca do Mosteiro e no Cine-teatro e creio que a qualidade subiu, gostei bastante”, analisou, acrescentando que “o encerramento valeu muito a pena”. O alcobacense elogiou a intérprete, mas confessou-se ainda mais surpreendido com a prestação da Banda Sinfónica de Alcobaça, liderada por Rui Carreira. “Estiveram a um grande nível”, disse.
André Cunha Leal, da direção artística do festival, salientou que o Cistermúsica, que este ano celebrou o 30º aniversário e que se assume como um clássico para todos, teve este ano o maior número de orquestras a atuar na Cerca.
“Tivemos algumas das melhores orquestras a nível nacional”, salientou o programador, notando que cumpriram a missão de “falar de amores”. André Cunha Leal salientou ainda as homenagens a Alexandre Delgado e ao maestro Victorino de Almeida. A terminar agradeceu a toda a equipa e aos mecenas que tornaram possível a realização do evento, valorizando a Banda de Alcobaça, entidade que organiza o festival. ■