“Ground Zero” reúne obras artistas nacionais e internacionais sobre a identidade, a memória e a ecologia
A Galeria Nova Ogiva, em Óbidos, inaugurou no início do mês, com a presença dos autores, a mostra coletiva “Ground Zero” que reúne trabalhos de artistas nacionais e internacionais, e pretende refletir, através da instalação, do desenho, da fotografia e da escultura, sobre questões de identidade, memória e ecologia. É também o resultado de Atlas, um projeto de residências artísticas realizado no Carvalhal, (Bombarral) onde Mónica de Miranda, a curadora da exposição – e que foi a responsável pela representação portuguesa na Bienal de Veneza – reuniu e partilhou, com vários artistas cujas questões e reflexões ligadas à humanidade, aos solos, à terra e ao colonialismo. Segundo Bruno Silva, técnico superior dos museus e galerias obidenses, foi a própria curadora que propôs a apresentação de Ground Zero à Galeria Nova Ogiva e que inclui, entre outras, obras de Catarina Leitão e Susana Anágua, ambas docentes da ESAD.CR e que trabalham materiais da natureza.
“Ground Zero” resulta da parceria do Município de Óbidos com o Município de Amarante, o Museu do Côa e a Sociedade Nacional de Belas Artes, à candidatura de programação RPAC – Rede Portuguesa de Arte Contemporânea da Direção-Geral das Artes (DGArtes).Com a aprovação desta candidatura, no início do ano, orçada em cerca de 346 mil euros, dos quais 120 mil são financiados pela DGArtes, a exposição “Ground Zero” vai circular entre os parceiros, e as exposições destes vão estar em Óbidos. Até maio de 2026, Óbidos vai receber as exposições “Silva Porto”, da Sociedade Nacional de Belas Artes, “A Marginália de Amadeo”, do Museu Municipal Amadeo de Souza Cardoso, e “Nadir Afonso: Território de Absoluta Liberdade”, do Museu do Côa.
“É para nós muito importante e até um orgulho poder receber estas mostras de arte contemporânea portuguesa com artistas portugueses e alguns internacionais”, disse Margarida Reis, vereadora da Cultura da autarquia de Óbidos, à Gazeta das Caldas.
Até 15 de setembro,podem ser apreciados, na Nova Ogiva, os trabalhos de Catarina Leitão, Cristina Ataíde, Jermay Michael Gabriel, Marcelo Moscheta, Mónica de Miranda, Nii Obodai, Nithya Iyer, Susana Anágua e Uriel Orlow. A exposição terá visitas guiadas. ■