Caldense fez filme sobre o Parlamento

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Trabalhadores das pedreiras e minas nos Passos Perdidos da Assembleia da República, dirigem-se às galerias, para assistir à discussão da sua petição e Projectos de Lei que, se aprovados, terão impacto positivo nas suas reformas
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“O Palácio de Cidadãos” é o documentário de estreia do realizador caldense, Rui Pires

Filmado durante um ano – entre 2018 e 2019 – na Assembleia da República, “O Parlamento de Cidadãos” é um filme do realizador caldense, Rui Pires e que retrata, de forma inédita, o trabalho parlamentar, as discussões ideológicas à forma como deputadas e deputados lidam com o povo quando este usa os mecanismos legais para mudar a realidade.
O documentário estreia hoje, 24 de Abril, em várias salas de cinema de todo o país. Realizado por Rui Pires , conta a história da sociedade portuguesa a partir do interior da Casa da Democracia.

O filme dá-nos a ver os deputados dos diferentes partidos e os assuntos a que se dedicam, dando a conhecer o funcionamento de uma instituição cujo labor impacta a vida de quem habita em Portugal. Foi dada especial atenção às petições e às manifestações.
O filme tentou encontrar algumas respostas sobre como funcionam os processos, quem decide as mudanças nas vidas dos cidadãos.

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“As reações ao filme têm sido muito positivas e até redobrou o interesse de várias em ir conhecer melhor a Casa da Democracia”, referiu Rui Pires à Gazeta das Caldas. Andou por todo o lado no parlamento para passar para o filme como se constrói uma sociedade, a partir do interior de um parlamento, procurando desta forma “a essência da democracia”, disse.

A filmagem do documentário tem muitas áreas e Rui Pires pensa “até em dividir e dar origem a uma série”, referiu o responsável. Estão presentes momentos relacionados com os direitos à habitação, com a saúde e com o trabalho.

Apesar do cada vez maior afastamento entre representados e representantes, o documentário “O Palácio dos Cidadãos” mostra no fundo como o povo tenta fazer avançar a História através do seu Parlamento. Com as limitações e complexidades próprias que o sistema lhe permite retrata como se faz democracia em Portugal”, acrescentou. O filme de Rui Pires foi o vencedor do Prémio Max – Para Melhor Filme da Competição Portuguesa (Doclisboa, Portugal’24) e marcará presença no Dokumentarfilmwoche Hamburg, (Alemanha’25) e no Festival Cinematográfico de Uruguay.

O realizador, que frequentou o curso de Artes na Escola Secundária Bordalo Pinheiro, soube desde cedo que iria trabalhar na área artística. “E, por isso, achava que tinha nascido na cidade certa”.

Apesar das Caldas da Rainha ter muito dinamismo cultural, tem tudo mas, na verdade, “ainda não conseguiu vingar pois faltam os apoios aos criadores”. E como tal, o realizador não pensa voltar à sua terra natal.

Em 2005, o realizador caldense realizou uma curta-metragem sobre a ideia das Caldas ser um museu. Rui Pires já tem um novo projeto ligado ao papel das mulheres na oposição e resistência ao Estado Novo e “é uma pena que, para já, essas histórias não estejam a passar para as novas gerações”. ■

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