
O luxo não se mede pelas estrelas, sejam elas Michelin ou de classificação hoteleira (de um a cinco). A experiência vivida durante a estadia, a simplicidade e o equilíbrio são aspectos fundamentais que não devem ser descurados. É que afirma o caldense Vasco Santos, autor do livro “Cortesia, Etiqueta & Protocolo na Hotelaria de Luxo” que foi apresentado na Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste (EHTO), a 26 de Maio, após ter sido lançado no início do mês, em Lisboa. O autor é docente universitário e consultor de Etiqueta na hotelaria de luxo.
Numa época em que o turismo é cada vez mais uma das âncoras da economia em Portugal surge o livro “Cortesia, Etiqueta & Protocolo na Hotelaria de Luxo”, escrito pelo caldense Vasco Santos, de 31 anos, docente no ISLA (Santarém) e na Lusófona (Lisboa).
O autor diz que este manual “fazia falta”, dado que as boas maneiras e o protocolo, “continuam a ser matéria a aperfeiçoar em muitas unidades hotelarias”.
O livro conta com entrevistas que o autor reuniu a quem melhor domina a etiqueta, o protocolo empresarial e político: Paula Bobone, Isabel Amaral e José de Bouza Serrano, respectivamente. Vasco Santos juntou também um conjunto de “melhores práticas” através de 15 entrevistas a profissionais e directores de unidades hoteleiras de luxo nacionais.
Hoje em Portugal o protocolo tem regras mais flexíveis, dando como exemplo a postura do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que muitas vezes o contorna, para grande dor de cabeça do staff que zela pela sua segurança.
Vasco Santos recorda que o bom senso deve imperar sempre, em qualquer circunstância, e muitas vezes é necessário “saber contornar as regras e normas do protocolo com subtileza”. Na sua opinião é inconveniente que, durante o serviço de mesa, o hóspede seja incomodado devido à imposição das regras protocoladas. Em nome do conforto, o serviço não se deve impor, devendo “passar despercebido no momento em que determinada regra foi contornada pela positiva”, disse.
Luxo não se mede pelas estrelas
Para o caldense, o luxo não se mede pelas estrelas, sejam elas Michelin ou de classificação hoteleira (de um a cinco). O conceito e padrão do luxo na hotelaria têm sofrido alterações ao longo do tempo. “Evoluiu o luxo e o hóspede que o consome”, disse. Entende-se que a experiência, durante a estadia num hotel de luxo, é um dos grandes elementos diferenciadores. Os aspectos físicos como o mobiliário, arquitectura, decoração e design sofisticado fazem parte do todo, categorizando o luxo como símbolo de prestígio, “mas nunca serão o único alicerce para que um hotel se torne num ícone de luxo”. O atributo mais forte e competitivo são “as emoções”. Vasco Santos explicou que o luxo está também associado à simplicidade e ao equilíbrio. Depois de ter ido apresentar o livro a vários programas televisivos, o autor trouxe-o aos alunos da EHTO, no âmbito das disciplinas de Regras e Protocolo Empresarial e de Aviation, Fares & Ticketing. N.N.