O Caldas SC já anunciou a renovação do técnico José Vala para a próxima temporada. O clube tem igualmente bem encaminhada a formação do plantel. Cerca de 80% dos jogadores já renovaram a ligação com o clube.
O prolongamento da ligação entre clube e técnico é vista como sequência “natural do trabalho que foi feito e pela qualidade que a equipa apresentou, mesmo os treinadores adversários diziam que o Caldas foi das equipas que melhor futebol apresentava”, salienta Nuno Ferreira, responsável pelo futebol sénior alvinegro.
O dirigente diz que o acordo foi fácil, porque era vontade das partes e o desempenho geral da equipa permitiu “esbater a imagem de que quem é da casa não tem competência para dirigir a equipa do Caldas”. Além do mais, Nuno Ferreira destaca a forma como o técnico vive e sente o clube, por todo o passado que existe enquanto jogador, capitão e também como técnico.
Nuno Ferreira faz um balanço positivo da época que findou, sobretudo nos jogos no Campo da Mata. “Foi talvez o ano em que fizemos mais pontos em casa”, embora fora de casa o desempenho não tenha atingido as expectativas. Mesmo assim, o responsável pelo futebol sénior do clube realça que a equipa fraquejou nos jogos contra adversários mais acessíveis. Nos encontros com as equipas mais fortes mostrou o seu potencial, excepção feita na recepção ao Torrense. “Já reflectimos sobre o que se passou e faltou um pouco de maturidade à equipa nalguns momentos, noutros faltou a bola entrar na baliza”.
A época 2016/17 foi de reforço na aposta nos jovens valores da região, casos de Filipe Cascão e Alexandre Cruz. “Um risco assumido pela estrutura e pela equipa técnica, mas nem por isso deixámos de ter ambição. Sentimos que aqui à volta há miúdos com muita qualidade, que precisam de clubes que os deixem crescer, falhar e que os ajudem a recuperar desses erros”, refere Nuno Ferreira. Uma postura que o Caldas assume e que pode dar os seus frutos no futuro, “porque a qualidade está lá”.
Essa continuará a ser a postura do Caldas, que para a próxima temporada deverá ir buscar mais três ou quatro jogadores. A política de manter a estrutura principal também se mantém, porque é isso que permite aos jovens crescerem no seio da equipa. Nuno Ferreira não quis adiantar nomes, mas disse que 80% do plantel da época passada já renovou.
Com as entradas, o clube espera colmatar algumas das carências que a equipa apresentou na época passada, a mais evidente no centro do ataque.
O orçamento vai manter-se ao mesmo nível das últimas épocas, cerca de 80 mil euros.
NOVO MODELO PARA O CAMPEONATO
Na próxima época o Campeonato de Portugal tem um novo formato, com cinco séries de 16 equipas e disputada numa única fase regular, ou seja, não há segundas fases. Destas equipas apenas uma terá hipótese de lutar pela subida, mas seis descerão directamente aos distritais. Esta será uma época de transição para um modelo de 72 equipas a quatro séries de 18, que entrará em vigor na época 2018/19.