Concerto de Ano Novo da BCI com pianista galego esteve lotado

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Uma atuação aplaudida de pé que reconheceu o virtuosismo do pianista e o empenho da BCI para esta atuação
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O grande auditório esteve esgotado para dar as boas vindas a 2025. BCI e convidado surpreenderam

O concerto da Banda Comércio e Indústria (BCI) com o pianista Abe Rabade arrancou fortes aplausos do público que encheu por completo o grande auditório do CCC. A banda caldense trouxe 73 músicos, com idades entre os 11 e os 63 anos – que acompanharam o pianista de jazz, que espantou tudo e todos com a sua capacidade de inovar e de improvisar, mesmo em temas clássicos.
“Acabei de concluir um sonho que não sabia que seria possível”, disse, no final, o maestro Adelino Mota referindo-se ao facto de ter conseguido interpretar com a sua BCI um repertório “muito difícil” e que contou com a presença do pianista galego Abe Rabade que é também compositor. Já gravou 15 álbuns e tem composições sinfónicas e outras de jazz, clássico, experimental e de raiz tradicional.
“É quase impensável fazer este tipo de repertório com músicos amadores!”, disse Adelino Mota referindo-se ao facto da BCI ter acompanhado o pianista em temas como a Rhapsody in Blue de Gershwin (que completou 100 anos da estreia), Danzon n.2 de Arturo Marquez e Viveiros de Luz, um original do pianista que deixou a plateia rendida logo desde a primeira vez em que improvisou nos temas. Abe Rabade já esteve no festival de Jazz das Caldas e também no Festival do Valado e também atua nos melhores clubes de jazz de Nova Iorque.
Luís Santos, o presidente da direção da BCI, deixou agradecimentos ao pianista convidado e também ao maestro “pelos constantes desafios que nos coloca”. Por seu lado, o presidente da Câmara, deixou os tradicionais votos de Bom Ano, tendo destacado a excelência do espetáculo. Vítor Marques destacou o trabalho de todos os que estavam no palco e afirmou que “tudo isto só faz sentido – um pouco de loucura, um sonho se houver público”.
O pianista agradeceu o facto de ter conhecido um pouco da cidade das Caldas, pois teve como guia Adelino Mota. “Há lugares que vamos e só conhecemos o hotel e o lugar onde tocamos”, referiu o músico galego de carreira internacional. “Este é o tipo de projetos que eu mais gosto, pois têm raízes num lugar e permitem juntar pessoas para fazer comunidade. Viva a música!”, rematou o convidado, que gostou da Praça da Fruta e que apreciou o cheiro a enxofre do Hospital Termal.
A atuação ainda contou com temas interpretados apenas pela banda, como o Bolero de Ravel que está a celebrar 150 anos. No final, após novo momento com o pianista convidado, houve temas clássicos de Strauss, como é da praxe, em qualquer concerto que dá as boas vindas ao novo ano.■

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