
O guitarrista dedica-se à música desde os 11 anos. Hoje, com 22 anos, tornou-se no primeiro artista português Eurostrings a ter vencido o concurso internacional na Roménia. O caldense alcançou o estatuto de músico de topo que lhe permite actuar e dar masterclasses por todo o mundo e pretende ensinar também o que aprendeu
Francisco Luís estuda guitarra clássica desde os 11 anos. Ao longo da carreira, o caldense já conquistou mais de vinte prémios a nível internacional. No passado dia 12 de Setembro venceu o concurso Internacional de guitarra Harmonia Cordis, na Roménia, tornando-se o primeiro artista Eurostrings português.
A Eurostrings é uma plataforma que elege guitarristas de topo de todo o mundo, projectando os seus talentos ao proporcionar-lhes a realização de masterclasses e concertos por vários palcos europeus, por forma a divulgar a arte.
Segundo o guitarrista, esta plataforma inclui vários festivais de guitarra (18) por toda a Europa e selecciona os vencedores das competições dos respectivos festivais para actuar e ensinar.
Trata-se de um projecto recente, organizado pelo croata Mak Grgic e que “atribui enorme visibilidade, dada a sua projecção social, juntamente com o alto nível de competição”, explicou à Gazeta das Caldas Francisco Luís que ganhou este exigente concurso logo na primeira vez que concorreu.
Do prémio da vitória no concurso fez parte uma viola, totalmente feita à mão e que tem um valor de cinco mil euros.
Gostaria de ensinar e de inspirar
alunos a seguir carreira
O guitarrista iniciou o seu percurso na música no Conservatório das Caldas. Depois prosseguido estudos no Conservatório Nacional, com o professor Eurico Pereira e actualmente encontra-se a estudar em Haia, no Conservatório Real, onde iniciou este ano, o mestrado.
Actualmente estuda com o professor Zoran Dukic. “Fiquei muito feliz com esta distinção que reconhece o meu percurso e proporciona actuações por todo o mundo”, disse o músico, que pretende actuar nos espaços da fundação Calouste Gulbenkian, na Casa Da Música (Porto) e no Concertgebouw (Amesterdão). Tem também entre os seus objectivos, tocar com as filarmónicas de Berlim e de S. Petersburgo.
SONHO DE CRIANÇA
Francisco Luís deixou as Caldas quando tinha 15 anos para se dedicar à sua carreira musical. No entanto, mantém ligação à sua terra natal pois tem cá a sua família.
“Continuo a gostar de cá vir”, disse o músico que gostaria ainda de actuar em vários palcos caldenses tais como na Igreja de S. Sebastião, no Museu de José Malhoa e, claro, no CCC.
Aos 22 anos, o guitarrista tem como principais objectivos manter “a alta actividade concertística por todo o mundo, incluindo a participação nos grandes festivais de guitarra clássica”. Francisco Luís gostaria de dar aulas e pretende ainda criar a própria classe. “Seria algo cativante e muito gratificante”, contou o músico.
No futuro, Francisco Luís gostaria de leccionar no ensino superior em escolas como a Superior de Música de Lisboa.
Este músico, oriundo das Caldas, pretende ensinar alunos dos mais variados países, com o propósito de “inspirá-los a seguir a carreira de artista”, tal como ele foi capaz de fazer.