Memórias do património local para conhecer na Biblioteca até ao fim do Verão

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A exposição reúne documentos, cartas e fotografias que estão distribuídas em vários núcleos
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“Memórias e Património das Caldas da Rainha”, assim se designa a exposição que está patente na Biblioteca Municipal desde Maio e foi prolongada até Setembro. Trata-se de uma mostra onde há documentos, cartas, caricaturas e fotografias referentes ao passado da cidade e que pertencem às coleccção da Biblioteca e do PH. Uma oportunidade que se abre ao público de conhecer fontes históricas, relevantes para quem quer conhecer um pouco mais sobre a história das Caldas e da região.

Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt

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Quem quiser conhecer um pouco sobre o passado da cidade das Caldas, pode fazê-lo visitando a exposição bibliográfica e documental que se encontra na Biblioteca Municipal.
Segundo Joana Beato Ribeiro, historiadora que pertence ao PH, esta é uma mostra que se dedica ao passado recente da cidade e da região, contendo muita documentação e fotografias referentes sobretudo ao séc. XX. Patentes estão algumas imagens antigas do Museu de José Malhoa, do Hospital Termal, da Praça da Fruta, dos Pavilhões do Parque, da Rua de Camões ou dos Balneários das Águas Santas. Muitas das fotografias foram captadas no início do século XX.
São, ao todo, dez núcleos referentes às colecções que foram doadas ao PH pelos familiares de personalidades locais como Júlio Lopes, José Neto Pereira, Alfredo Pinto (Sacavém) e de Fernando Silva Correia.
Há também documentação e imagens referentes à família Paramos que era proprietária do Hotel Lisbonense. Marcam presença fotografias de António Passaporte – que o PH adquiriu ao seu filho – e que incluem várias imagens das Caldas, Foz do Arelho, Salir e S. Martinho captadas entres 1950 e 1960.
Entre os vários núcleos que podem ser apreciados nesta mostra, há documentos relacionados com a história da indústria cerâmica e da história local. Marcam igualmente presença as primeiras obras que foram editadas pelo Património Histórico.
Desta exposição ainda faz parte um núcleo que se dedica a Grandela e ao seu grupo de amigos que se dedicava à gastronomia, os Makavenkos. O proprietário dos Armazéns Grandela foi também dono do palacete na Foz que em tempos acolheu a FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho), hoje Inatel.
Há também registos do Lactário Creche Rainha D. Leonor, inaugurado em 1925, e que existiu antes do Jardim de Infância da Misericórdia, que abriu portas em 1935.
Esta é uma oportunidade de contactar com objectos dos fundos locais que habitualmente estão longe do olhar do público”, disse a historiadora.

Cultura e cerâmica em destaque

Também está presente nesta mostra parte da vivência da Casa da Cultura e ao Conjunto Cénico Caldense. Alguns dos documentos foram resgatados dos Pavilhões do Parque em 2015. A terminar, a mostra inclui documentos e fotografias do Centro de Estudos e Documentação de Cerâmica Contemporânea Ferreira da Silva.
Este centro tem como objectivo alargar o conhecimento sobre a cerâmica nas Caldas no Século XX. Além de Ferreira da Silva, também reúne informações sobre outros autores como Armando Correia, Herculano Elias e António Cardoso.
Entre as muitas imagens constam algumas do fotógrafo José Neto Pereira que foram captadas durante a inauguração do Museu José Malhoa assim como de jogos de hóquei em patins que tiveram lugar na Mata.
As duas instituições – Biblioteca e PH – dedicam-se à recolha, conservação, tratamento e divulgação deste património. A associação PH – que se dedica ao estudo da história local – está sediada desde 2015 no edifício onde antes funcionou a UAL.

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