
Malabaristas, mágicos, clowning, mimos, músicos e acrobatas fizeram das ruas de Óbidos o seu palco no passado fim-de-semana, 9 e 10 de Setembro, contagiando todos com a sua boa-disposição e arte.
A segunda edição do Óbidos Buskers Festival juntou largas centenas de pessoas na vila que, além de assistir e interagir nos espectáculos, também ficaram a conhecer outros espaços normalmente menos visitados, como o Jardim do Espaço Ó, o Jogo da Bola ou o Miradouro da Pousada.
Mais de uma dezena de artistas, alguns deles nacionais, mas também outros vindos do Chile, Inglaterra, França e Cabo Verde, marcaram presença no evento que este ano se realizou em Setembro, depois de uma primeira edição ter tido lugar em Maio do ano passado. Inicialmente estava prevista a participação de oito buskers (artistas de rua), mas como estes actuam de forma livre, acabaram por aparecer mais, contribuindo assim para dar mais animação e juntar entusiastas nos lugares mais inesperados.
A organização e curadoria deste evento é da Studio.Us, uma plataforma artística para o desenvolvimento e divulgação das artes performativas, tendo contado com a colaboração da empresa municipal Óbidos Criativa.
Francesco Cerutti, artista e organizador do evento, fez um balanço muito positivo do festival, tendo-se mostrado “surpreendido e contente” com a quantidade de público e a interacção nos espectáculos realizados.
“Está-se a formar um público que gosta e partilha estes momentos com a família e amigos”, diz, acrescentando que procuram também levar as pessoas a conhecer a vila, tirando-as da Rua Direita.
“A ideia do festival é a de oferecer um olhar variado sobre as artes de rua, que sempre existiram e que hoje são muito importantes nas áreas performativas”, referiu à Gazeta das Caldas o italiano que se deixou encantar pelo Oeste e acabou por se fixar na Usseira.
Para Ricardo Ribeiro, administrador da Óbidos Criativa, eventos como este são importantes para animar a vila e permitir que os turistas deambulem pelos espaços e conheçam o património. O responsável considera que Óbidos adequa-se a este tipo de artes performativas e que a experiência do festival realizar-se em inícios de Setembro “foi muito bem conseguida”.