Paredes do Centro de Artes foram tela de vídeo

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Gazeta das Caldas
Havia várias opções de imagens em movimento nas paredes do Centro de Artes

Quem passasse pelo Centro de Artes na noite de 24 de Outubro poderia questionar-se acerca do que estariam ali a fazer mais de 300 pessoas e porque estavam a ser projectadas imagens nas paredes dos museus e galerias. A resposta é simples: tratava-se de um evento promovido pela Electricidade Estética, que explora a vertente do vídeo e coloca as paredes dos museus em diálogo com a arte contemporânea.
Na noite de 24 de Outubro as paredes dos museus e ateliers do Centro de Artes voltaram a tornar-se telas para projecções de vídeo com a realização do Cornea Attack 1.1, promovido pela Electricidade Estética. O evento atraiu mais de três centenas de pessoas que, até depois da 1h00, apreciaram as 20 instalações de 32 artistas locais.
Além de apreciar as projecções de vídeo, instalações com leitores de DVD em televisões e outras que exploravam a luz, via-se muita gente a conviver no Centro de Artes, que tinha o bar aberto.

Estiveram expostas obras de artistas como Lourdes Castro, Susanne Themlitz, Celeste Cerqueira, Silvestre Pestana, Pedro Ruiz ou Teresa Luzio (docente da ESAD), mas também de alunos e ex-alunos da escola de artes caldense. Esta edição teve ainda a colaboração das galerias Porta33 e Vera Cortês, que cederam obras para o evento.
Rita Veiga, estudante da ESAD que veio de Portalegre e que está no 3º ano de Som e Imagem, nunca tinha vindo ao Cornea Attack. “Tenho aqui amigos com instalações, que me deram a conhecer que existia este evento e estou a achar interessante”, disse a jovem.
A jovem elogiou o que considera “uma boa iniciativa” e realçou que “deviam existir mais coisas assim, até para os estudantes poderem expor os seus trabalhos fora da escola, para as pessoas da cidade”.
No último ano o Cornea Attack começava com uma rota na cidade, com instalações de artistas em vários estabelecimentos comerciais (incluindo a loja da Gazeta das Caldas) e depois terminava então no Centro de Artes.
Este ano as instalações ficaram todas no Centro de Artes devido a dificuldades logísticas. É que a equipa da Electricidade Estética são apenas duas pessoas – um simpático casal que se esforça para criar eventos deste tipo nas Caldas. São eles Patrícia Faustino e Gonçalo Belo.
Num balanço desta edição, Patrícia Faustino disse à Gazeta das Caldas que devido ao facto de terem tido pouco tempo para organizar este evento, decidiram “concentrar no Centro de Artes, mas não colocamos de parte a ideia de envolver a comunidade e o comércio local nos eventos, até para que estes tenham um impacto mais directo na cidade, com as pessoas a passear de mapa na mão”.
Num rescaldo da noite, a organizadora disse-se muito satisfeita e agradeceu ao Centro de Artes e aos parceiros (empresas e particulares) que emprestam material que permite que se continuem a realizar noites destas.