Rod Krieger e A. Luxúria Canibal no Impulso

0
228
O brasileiro Rod Krieger mora há cinco anos em Portugal e viveu no Sobral do Parelhão

Poesia, rock, indie e eletrónica surpreenderam quem assistiu ao Impulso na sexta-feira no CCC. Regresso marcado para novembro

A Season Impulso prosseguiu a 18 de outubro, no pequeno auditório do CCC, tendo sido Adolfo Luxúria Canibal, o vocalista e letrista dos Mão Morta, a abrir as hostes. Fê-lo com o espetáculo de spoken words “Estilhaços”, tendo lido textos e poemas do seu livro homónimo, acompanhado ao piano por António Rafael que também pertence aos Mão Morta.
Esta proposta, iniciada em 2004 teve a colaboração da documentarista sonora Sofia Saldanha (1975 – 2022) e dedica-se ao ambiente literário e às emoções humanas, centradas na escuridão. Foram também interpretados poemas de Mário Cesariny.
Atuou também o brasileiro Rod Krieger, que reside em Portugal há cinco anos, e que trouxe as suas sonoridades rock com batidas eletrónicas com influências de bandas folk-psicadélicas dos anos 60 e 70.
O músico veio às Caldas para apresentar “A Assembleia Extraordinária”, o seu segundo álbum, lançado no mês de outubro. Este trabalho foi criado bem perto daqui, já que o músico viveu no Sobral do Parelhão, uma aldeia do Bombarral.
Segundo o músico, a vida um tanto bucólica acabou por caracterizar as canções agora editadas. Outra das influências que o músico brasileiro refere são as canções de Jorge Palma.

Vocalista e letrista dos Mão Morta veio partilhar poesia ao palco do CCC

A fechar a noite desta sessão do Festival de Música caldense, atuou o duo Broken Fingers, num live act de finger drumming. Isto é um teclado MIDI foi partilhado por dois músicos em que a experimentação rítmica de beats eletrónicos em tempo real se une a universos visuais multimédia gerados por AI.
O duo, que atuou no cimo de um andaime e de cara tapada, fez a sua estreia em concertos ao vivo no Impulso. Por agora, mantém-se o mistério sobre a identidade dos dois músicos, dedicados à experiemntação sonora.
Os Broken Fingers cativaram o público presente com a sua música eletrónica experimental e as suas melodias ajudaram a estender a festa noite dentro.
O Impulso vai continuar no próximo dia 23 de novembro com a apresentação do projeto brasileiro Arapucagong e deverá ter lugar nos Silos. Na atuação de dezembro, conta-se com os Memória de Peixe, grupo ao qual pertence o músico caldense, Miguel Nicolau. O novo álbum, III, será lançado em janeiro e o grupo fará uma mini-tour prévia com cinco atuações pelo país. Uma delas será no CCC, no Impulso. O festival continuará no próximo ano em formato Season, no CCC e prevê ainda realização de um evento no próximo Caldas Late Night. ■