Unidade de oncologia do CHO foi homenageada na gala da Liga Contra o Cancro

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Gazeta das Caldas
As Super Flash animaram a gala, dançando musicais de cinema
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A Gala da Liga Portuguesa Contra o Cancro fez encher o grande auditório do CCC na sexta-feira, 23 de Novembro.
A festa onde estava prevista a actuação de Rebeca não aconteceu pois a cantora estava sem voz e veio ao palco justificar o motivo para não ter feito parte do espectáculo. O grupo de dança Super Flash, a Fanfarra dos Bombeiros e a União Filarmónica de A-da-Gorda animaram a festa com as suas actuações. Esta última musicou trechos de filmes conhecidos, desde a A Severa, até ao Piratas das Caraíbas.
A festa rendeu 1500 euros para a Liga Contra o Cancro, pretende abrir uma delegação nas Caldas das Rainha. Da festa fez parte uma homenagem à Unidade Oncológica com a subida ao palco dos profissionais de saúde que laboram há 26 anos no CHO.

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A equipa da Unidade Oncológica do CHO, que foi homenageada nesta sessão

“Esta terra mostrou mais uma vez que sabe ser solidária”, disseram Cristina Ferreira e Rita Teles Branco, ambas responsáveis da Liga Portuguesa Contra o Cancro. As duas responsáveis acharam que a gala “estava a ser uma noite mágica” e fizeram questão de recordar uma iniciativa, realizada em 2007 – Um dia pela Vida – que também mobilizou muita gente.
“É com festas como estas que nós efectivamente lutamos contra o cancro. Juntos somos mais fortes e chegamos mais longe”, disse Rita Teles Branco, acrescentando que o cancro é, de facto, a doença do século. “Quando entrei para a Liga dizia-se que o cancro chegava a uma em cada quatro pessoas”, referiu a responsável. Citando o investigador Sobrinho Simões, “em menos de uma década passaremos para um em cada dois”. A prevenção é o caminho mais curto para a cura do cancro.
As duas responsáveis informaram que não podiam estar mais satisfeitas com o interesse das Caldas da Rainha em querer abrir uma delegação da Liga Portuguesa contra o Cancro na cidade, de modo a poder estar mais próximo de quem sofre desta doença.
Durante a sessão, Vítor Marques, presidente da União de Freguesias de N. Sra. Pópulo, que promoveu esta gala, afirmou que “há dinâmica nas Caldas para assegurar a abertura de uma delegação da Liga. Vamos conseguir!”.
A apresentação do espectáculo esteve a cargo de João Carlos Costa e de Catarina Florêncio, que deram a conhecer os padrinhos da Corrida pela Vida – os atletas caldenses João Pereira e Teresa Ramalho. A Corrida pela Vida realiza-se no sábado, 8 de Dezembro.

Cinema em dança e na música

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O espectáculo contou com as apresentações do grupo de dança Super Flash, que dançou trechos de vários musicais desde The Greatest Show, Singing in The Rain, Mamma Mia, entre outros. Por seu lado, a União Filarmónica de A-da-Gorda musicou trechos de cinema de vários filmes desde A Severa, Fantasma de Opera, Titanic, ou Piratas das Caraíbas. Actuou também, de forma dinâmica e ritmada, a Fanfarra dos Bombeiros que com os sopros e bombos, alterou para a prevenção da doença.
“Eu não escondo nada, dou sempre a cara”, disse a cantora Rebeca, que subiu ao palco para explicar que não podia actuar por causa de uma amigdalite que lhe “roubou” a voz. A cantora caldense contou um pouco sobre como tem enfrentado as batalhas em relação ao cancro.
João Carlos Costa fez questão de chamar a atenção também para Fernando Costa, o anterior presidente da Câmara, presente na plateia e que também tem estado a lutar contra o cancro e a fazê-lo de forma bem sucedida.
O presidente da Câmara, Tinta Ferreira, referiu que iniciativas com a esta gala não são fáceis dado que “há sempre emoção a mexer connosco”. E isto porque o cancro é uma doença que grassa por todo o lado e “nós temos que acreditar que o apoio dos profissionais e as novas terapias vão conseguir ajudar a ultrapassar a doença”.
Foi das mãos do edil caldense que a equipa de médicos e enfermeiros da Unidade de Oncologia do CHO recebeu a distinção pública. Tinta Ferreira destacou “a postura, a coragem e a solidariedade desta equipa, sempre tão empenhada no auxílio aos seus doentes”.
Luís Agostinho, enfermeiro coordenador, agradeceu em nome de toda a equipa o reconhecimento público, tendo referido que aquela unidade trabalha há 26 anos, dando o seu melhor em nome dos seus pacientes (ver caixa).

A ajudar doentes oncológicos há 26 anos

O início das primeiras consultas de Oncologia Médica no então Centro Hospitalar das Caldas da Rainha remonta a Março de 1991, embora anteriormente já existissem doentes oncológicos seguidos na consulta de Medicina Interna. Os primeiros tratamentos de quimioterapia no Serviço de Medicina Interna realizaram-se em 1992, evitando a deslocação de doentes para os grandes centros. Neste ano foram realizados 198 tratamentos, dos quais 108 foram de quimioterapia.
Nesta primeira fase iniciada pelo médico Henrique Pinto, à data director do Serviço de Medicina, tendo como enfermeira chefe Maria Emília Pacheco. Em 1993, após a conclusão da especialização do médico Manuel Barros, passa a existir um especialista em Oncologia Médica, e a Unidade recebe a denominação de Hospital de Dia de Oncologia.
Em 1996 iniciou-se nova fase, com a instalação da Unidade de Oncologia na actual localização, zona de ambulatório do hospital, passando a dispor de equipamentos próprios. Nesse ano fizeram-se 1610 tratamentos aos 412 doentes seguidos naquela unidade.
Em 1998 é instalada uma câmara de fluxo laminar, fundamental para a protecção física dos enfermeiros, bem como para a manutenção da assepsia dos fármacos. Nesse ano, passam a ser dois enfermeiros na unidade.
Em 2002, com a ampliação do internamento de Medicina Interna, passou a existir um quarto de duas camas exclusivo para internamento de doentes da Oncologia.
Com a criação do Centro Hospitalar do Oeste Norte em 2009, perspectivou-se a ampliação e melhoria das condições físicas da unidade, mas esta acabou por não acontecer.
Face à necessidade de ampliar a sala de tratamentos, dada a frequente sobrelotação do espaço físico, e à ausência de respostas da administração do então CHON, em Fevereiro de 2012 um grupo de 10 voluntários, entre profissionais e familiares, disponibilizou-se para realizar algumas obras de melhoramento do espaço.
Em Abril de 2016, após uma inspecção do Infarmed, a unidade deixou de realizar a preparação de quimioterapia por não reunir as condições físicas exigidas, implicando a deslocação de utentes à unidade de Torres Vedras durante algumas semanas, voltando depois a realizar os tratamentos com a quimioterapia preparada na referida unidade.
Um ano mais tarde, decorrente de nova inspecção do Infarmed, desta vez à unidade de Torres Vedras, o Centro Hospitalar do Oeste deixa de realizar a preparação de quimioterapia, passando a ser realizada no Hospital de Santa Maria, por enfermeiros da unidade de Torres Vedras.
Em 2017 foram realizados 969 tratamentos de quimioterapia, 1478 sessões de hospital de dia e 3858 consultas na Unidade de Oncologia das Caldas.
As doenças oncológicas seguidas na unidade incluem patologia mamária, gastrointestinal, pulmonar e hematológica, articulando com várias unidades hospitalares de referência consoante a patologia específica e as necessidades terapêuticas.
A área de influência desta unidade inclui os concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos e Peniche e as freguesias de São Martinho do Porto, Alfeizerão e Benedita do Concelho de Alcobaça.

Texto da responsabilidade da Unidade de Oncologia do CHO

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