Dedica-se às artes desde miúdo. Hoje com 72 anos e a viver numa das freguesias do concelho das Caldas continua a dedicar-se à pintura e ao retratao a carvão
É natural da Sancheira Grande (Óbidos), tem 72 anos e ao longo da sua vida teve vários empregos. O casapiano começou por tirar o curso de relojoaria e, por isso, laborou vários anos na Timex. Mais tarde, ainda na capital, foi lapidador de diamantes. Zuzarte Domingos esteve em Sines na Companhia Nacional de Petroquímica e mais tarde nas Pirites, em Aljustrel.
“Desde miúdo que sempre gostei de desenhar”, contou à Gazeta das Caldas o autor, que já fez centenas de retratos a carvão e as deu a conhecer em várias exposições em Setúbal, Santiago do Cacém e Vendas Novas. No ano transacto, expôs no Posto de Turismo das Caldas, tendo mostrado muitos dos seus retratos que fez de várias figuras públicas tais como de Mário Zambujal, Eunice Munoz, Manuela Moura Guedes, Amália, Maria Elisa, o maestro Vitorino de Almeida ou de Miguel Sousa Tavares. “Dizem-me que meus retratos que eu faço têm expressão e parece que têm vida”, comentou o artista, partilhando que chega até a emocionar os seus clientes ao captar a expressão dos seus familiares. Inclusivamente já deu a conhecer o seu trabalho a alguns programas de televisão. O obidense, que fez o seu primeiro retrato a carvão aos 17 anos, gostaria de continuar o seu trabalho artístico, que é feito tendo por base a fotografia. Zuzarte dedica-se ao realismo e também já se aventurou pelo surrealismo. Diz que não tem grandes mentores na pintura mas aprecia os trabalhos de Leonardo Da Vinci, Monet e Renoir. “Gosto das obras que dão trabalho”, disse o artista que explica que um retrato feito a carvão lhe leva entre oito a 12 horas de trabalho. Segundo revelou, as obras de Zuzarte Domingos podem custar entre os 75 euros (retrato a carvão) e os 1500 euros, se forem pinturas, em acrílico ou óleo, de alguma escala.