Campeonato do mundo de Artes Marciais reuniu nove mil atletas na Expoeste

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A Associação de Kempo das Caldas foi considerada a segunda melhor equipa com 57 atletas

O Campeonato do Mundo de Artes Marciais decorreu na passada semana e trouxe às Caldas, e à Expoeste, nove mil atletas de 73 países. A organização estima que tenham passado pelo evento mais de 30 mil pessoas, gerando um impacto económico superior a cinco milhões de euros. A Associação de Kempo das Caldas foi considerada a segunda melhor equipa, com os seus 57 atletas com idades entre os quatro e os 16 anos.

A Associação de Kempo das Caldas da Rainha foi considerada a segunda melhor equipa do Campeonato Mundial de Artes Marciais que decorreu na passada semana na Expoeste. Participaram 57 atletas das Caldas, com idades entre os quatro e os 16 anos.
“Só nos faltava ser a melhor equipa do mundo”, referiu o mentor do evento, Bruno Rebelo. A sua escola desportiva tem actualmente 136 atletas. É a que a nível nacional tem mais atletas nas selecções, com 26.
O evento realizou-se na cidade termal pelo quarto ano consecutivo e trouxe cerca de nove mil atletas de 73 países à Expoeste.
Foram distribuídos 553 títulos (entre os quais três profissionais da WAC Pro) nos desportos de combate e nas formas.
A espectacularidade, o rigor, a resistência física e mental e o respeito tão característico das artes marciais foi uma constante durante o evento.
A organização referiu que houve “um aumento de competidores de 20%” e estima que tenham passado pela Expoeste mais de 30 mil pessoas, um aumento face aos cerca de 22 mil do ano transacto.
O Campeonato do Mundo custou, segundo Bruno Rebelo, cerca de 350 mil euros a organizar e não contou com nenhum apoio estatal. “A Câmara atribuiu subsídio de 35 mil euros e apoiou com a cedência de autocarros e com o aluguer de bancadas e da própria Expoeste”, contou.
Este continua a ser o campeonato mais barato a nível mundial. Segundo Bruno Rebelo, o evento tem um impacto económico superior a cinco milhões de euros, esgotando a hotelaria na região e enchendo a restauração. “Foi um sucesso massivo”, concluiu, mostrando ainda dúvidas em relação à próxima edição. “Não é certo que para o ano se realize nas Caldas”, referiu, acrescentando que há candidaturas a pagar o dobro ou o triplo do que paga a autarquia caldense. “Como caldense tenho preferência pelas Caldas, não gostávamos de sair daqui”, disse.
No total trabalharam 256 pessoas a trabalhar na organização do evento, entre as quais alunos da Bordalo Pinheiro, do Colégio Rainha D. Leonor e da Raul Proença.
Este ano houve uma novidade: a realização do primeiro mundial de Kempo Adaptado com 26 atletas de 11 países (oito portugueses).
A Secretária de Estado para a inclusão de pessoas com deficiência
Temos o processo de utilidade pública desportiva a decorrer. tem sido negligenciado pelo governo.

A Feira de cultura na Expoeste

A feira de cultura também cresceu, com venda de comida na rua, em frente à escadaria exterior da Exposte. No interior há acessórios para as artes marciais, comida, artesanato, simuladores de realidade virtual, uma barbearia, entre outros.
Paramos na banca “Do Lixo ao Luxo”, com a arte reciclada de Eugénia Bettencourt, uma caldense que é técnica administrativa e que começou este projecto por brincadeira. Reúne objectos que as pessoas vão deitar fora e que encontra no lixo (como madeiras, tecidos, rolos de papel, entre outros) e transforma-os em candeeiros, relógios e objectos decorativos que custam entre 10 e 30 euros.
Como as pessoas gostavam do resultado começou a expor na mais recente feira de velharias na Expoeste, em Março. Este é o segundo certame que faz e pretende também expor na Frutos. “Esta feira correu bem! É um tipo de público diferente, mas foi bastante aceitável”, resumiu.