O Hóquei Clube das Caldas proporcionou no sábado mais uma bela noite de patinagem artística, num Pavilhão da Mata que, sem encher, proporcionou com cerca de 800 pessoas um calor humano muito interessante para os jovens praticantes desta modalidade que tem ganho novo fôlego na cidade.
Durante a noite foram 23 as actuações em pouco mais de duas horas de espectáculo em que o público praticamente não arredou pé, mesmo atendendo ao adiantado da hora e à tenra idade de alguns dos praticantes, nem regateou aplausos.
A figura central da noite foi o clube da casa, que realizou 19 das 23 apresentações, 15 individuais e quatro animados esquemas de grupo, um deles com 34 atletas, sempre com muita cor, muita alegria, muito empenho dos jovens atletas, bons níveis de execução e também algumas quedas que fazem parte e só não acontecem a quem não anda de patins e para as quais também contribui a idade adiantada do piso do pavilhão.
As equipas convidadas Argoncilhe, Lourinhã e Bombarralense, emprestaram também qualidade ao espectáculo. A formação de Santa Maria da Feira, presença habitual, trouxe uma apresentação com o tema oficial da Selecção Nacional no Campeonato do Mundo de Futebol e uma segunda apresentação individual. O HC Lourinhã apresentou um esquema muito interessante e também muito numeroso esquema “Caixa de Brinquedos”, enquanto a presença do Bombarralense brindou o público com uma apresentação de uma classe muito jovem, mas já com muita segurança em cima dos patins.
Nos esquemas destas duas colectividades aconteceu, contudo, uma falha, com a música a parar antes do final dos esquemas, “isto nunca nos aconteceu antes e é muito aborrecido para os atletas e treinadores e por isso devemos um pedido de desculpas ao HC Lourinhã e ao Bombarralense”, disse Jorge Santos, presidente do HCC, no final.
Estas foram duas pequenas falhas numa noite que no geral correu muito bem e que demonstra o evoluir do trabalho que tem vindo a ser feito de há meia dúzia de anos a esta parte. “Estamos com uma lógica de estabilidade e os nossos festivais têm vindo a crescer imenso, de uma média de 100 espectadores estamos agora nos 800, o que é muito positivo”, refere o presidente.
Depois do Feiticeiro de Oz, espectáculo realizado em Dezembro último e que juntou nas bancadas cerca de 1200 pessoas, a expectativa de Jorge Santos era grande para este espectáculo, “este era um festival mais nosso, com muitas apresentações individuais, não sabiamos como as pessoas iam reagir, e quando vemos depois de duas horas de espctáculo e ainda estão 70, 80 por cento das pessoas sentadas, a bater palmas e bem dispostas, é de facto um sinal de vitória para a treinadora Sofia Santos, para as atletas que têm tido uma excelente evolução”.
Evolução que se traduz também em provas, com alguns títulos conseguidos a nível distrital e outras presenças meritórias e também chamadas a selecções distritais. Durante a noite, sublinha Jorge Santos, “tivemos também apresentações de meninas que ainda estão numa formação inicial, mas que já querem ‘sair da casca’ e isso é muito bom”.
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