O Caldas regressou este domingo às vitórias no Campo da Mata, onde não vencia há nove partidas. Um golaço de Pepo, num remate espetacular na ressaca de um canto, permitiu aos pelicanos vencerem o Lusitânia por 2-1 e chegar aos 12 pontos nesta fase de manutenção na Liga 3.
O Caldas entrou bem na partida e quando chegou à vantagem, ao minuto 11, já o merecia. Os pelicanos, a estrear uma nova camisola comemorativa dos 70 anos da subida à 1ª Divisão, eram mais pressionantes e pincelavam o jogo com pormenores de classe.
O golo surgiu fruto dessa pressão dos pelicanos. Yordy recuperou uma bola (mal) despejada pela defensiva açoriana, Tomás Castro tocou para Nhaysson que ainda fez uma tabela curta com Rafa Pinto antes de arrancar para a linha de fundo, passando um adversário pelo caminho, o lateral brasileiro cruzou rasteiro e Balelo encostou ao primeiro poste para inaugurar o marcador.
Mas se depressa chegou à vantagem, mais depressa o Caldas a perdeu. Em vantagem, os pelicanos abrandaram o ritmo da pressão e pagaram com o golo do empate, cinco minutos depois. Construção pelo corredor central, com Legatheaux a entregar para Eduardo Ferreira, o avançado pegou na bola perto da linha de meio campo, progrediu sem oposição, abriu à direita para Ricardo Isabelinha. O ex-Caldas cruzou bem para Eduardo Ferreira, Militão conseguiu o corte no jogo aéreo, mas a bola sobrou para Celso Sidney, que atirou a contar.
E os danos podiam ter sido maiores quatro minutos depois, quando Eduardo Ferreira e Isabelinha repetiram o lance. Desta vez o centro sofreu um desvio em Edu que deixou Celso Sidney cara a cara com o golo, mas atirou a bola por cima, numa perdida clamorosa.
O Lusitânia moralizava-se e, quando conseguia passar lançar a velocidade pelos corredores, conseguia sensação de perigo e o lateral Breno, ao minuto 26, testou a atenção de Wilson com uma trivela sorrateira pela esquerda, mas o guardião defendeu com uma palmada.
O Caldas vinha a recompor-se e a partir da meia hora voltou a conseguir ser a equipa pressionante e dominante dos primeiros 15 minutos, mas só conseguiu visar a baliza com remates de fora da área, por Rafa Pinto, Nhaysson e Balelo. O primeiro e o último atiraram à figura, Nhaysson foi o que esteve mais perto de surpreender João Monteiro, mas a bola saiu ao lado.
A ofensiva do Caldas transpôs para a segunda parte, com o lateral brasileiro Nhaysson a assumir protagonismo a provocar desequilíbrios pelo corredor direito. No melhor lance, a chegar à hora de jogo, centro do lateral para a cabeçada de Balelo levar a bola a tocar a rede, mas pelo lado de fora da baliza.
E a postura atacante do Caldas seria premiada, e de que maneira, ao minuto 70. Um canto à esquerda, um defesa do Lusitânia faz um corte para a entrada da área, Pepo chamou-lhe um figo! Encheu o pé e, de primeira e sem deixar cair, atirou forte para devolver a vantagem ao Caldas.
Novamente em vantagem, o Caldas voltou a recuar no terreno, mas desta vez de forma mais organizada, não permitindo aos insulares organizarem nova ofensiva para voltar a criar perigo junto à baliza de Wilson.
A vitória do Caldas, a segunda consecutiva, deixa a equipa de José Vala a 1 ponto do líder da série, a Académica, que soma 13 pontos. O Lusitânia tem um jogo em atraso e soma 2 pontos.