Mãos de ferro de Luís Paulo e… fé no Cascão!

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Luís Paulo faz a primeira de duas defesas nos penáltis, escancarando as portas da passagem à terceira ronda

Nos penáltis, guardião defendeu dois, falhou outro, mas Cascão tinha tudo controlado

Teve dois heróis a passagem do Caldas à terceira eliminatória da Taça de Portugal, carimbada apenas no desempate por pontapés da marca de grande penalidade. O guarda-redes Luís Paulo travou dois penáltis, mas depois falhou um, permitindo a Cascão, que já tinha sido decisivo na passagem da primeira ronda, cobrar o pontapé decisivo.
Antes das emoções dos penáltis, foram 120 minutos sem golos, com o Caldas a apresentar-se órfão de algumas figuras importantes no processo ofensivo e a ressentir-se disso mesmo. João Tarzan tem uma lesão num joelho e terá que ser operado, devendo estar fora dos relvados por um período não inferior a dois meses. Pepo, que foi para o banco, também apresentou mazelas, tal como Farinha. Também no banco, mas sem poder jogar esteve o médio Kevin Lopez.
O Caldas começou a dominar, mas incapaz de criar perigo para a baliza de Leonardo. O Marinhense ganhou confiança e começou a explorar o contra-ataque, sobretudo após dois deslizes de Luís Paulo, primeiro ao conceder um livre indireto na grande área após uma escorregadela. Depois, teve uma saída em falso, que Edu compensou.
Na segunda parte, o Caldas pressionou mais e conseguiu condicionar as saídas do Marinhense. Mas perigo só em dois remates de Rafa Pinto. Leonardo defendeu ambos, e ainda as recargas de Ebah e Ricardo Alexandre.
O jogo foi para prolongamento e, com as forças a quebrar, ficou mais partido. Um contra-ataque quase deu golo ao Caldas, mas Beato tirou o “pão da boca” a Ricardo Alexandre. Depois foi Luís Paulo a fazer o mesmo a Ruben Coelho. Na segunda parte, Leonardo fez nova grande defesa, com a cabeça, perante Ebah. E depois até foi o Marinhense a acabar por cima, com Benny e Bernardo muito perto do golo.
Nos penáltis, Luís Paulo abriu o caminho da passagem ao defender a primeira e a terceira tentativas do Marinhense. De imediato os companheiros gritaram o seu nome para bater o pontapé seguinte e ser ele a selar, de forma merecida, o jogo, mas o destino assim não quis e o remate saiu ao lado. André Sousa reduziu para 2-3 e colocou pressão em Cascão, mas este cobrou o último penálti com grande confiança e fechou o jogo. ■

Momento do jogo

Quando, num jogo a eliminar, tudo fica para decidir no último pontapé do desempate da marca de penálti, a responsabilidade e a pressão sobre o marcador é tremenda. Digam isso a Cascão! Tinha sobre os ombros a passagem. Falhando, dava oportunidade ao Marinhense de empatar depois de ter estado dois golos atrás, mas foi como se nada fosse. Partiu confiante para a bola, bateu de pé esquerdo para o seu lado direito, colocou a bola no ângulo e o Caldas na terceira eliminatória! ■

Mais competentes nos penáltis

“Começou logo difícil com a preparação do jogo, com menos opções. Entrámos bem, depois perdemos um pouco o controlo com o lance do Luís Paulo que deu o livre indireto. Na segunda parte quisemos ter mais controlo do jogo, criámos situações para resolver o jogo. No prolongamento as duas equipas quiseram ganhar, tivemos um lance do Ebah e outro que é penálti nítido. Nos penáltis fomos mais competentes”, sintetizou José Vala. As lesões no ataque preocupam, mas o técnico não quer desculpas por aí. “Vamos ser criativos e arranjar soluções”, disse. No próximo sorteio entram os “grandes”, mas o tempo é de pensar novamente no campeonato. ■