Após uma primeira parte sob as amarras do Fátima, o Caldas emergiu na segunda parte e esteve perto de uma vitória que só fugiu por duas defesas de Guilherme.
Campo da Mata, Caldas da Rainha
Árbitro: Diogo Coelho, AF Lisboa
Assistentes: João Almeida e João Trigo
CALDAS 0
Luís Paulo [6]; Passos [7], Militão [8] (C), Gaio [7] e Farinha [6]; Pedro Faustino [7], Paulo Inácio [7], André Santos [6] (Januário [4] 76’) e Bernardo Rodrigues [6] (Simões [4] 76’); Ruca [6] (Ricardo Isabelinha [5] 55’) e Hugo Neto [6]
Suplentes: Rui Oliveira, Juvenal, Yordi, Miguel Cunha
Treinador: José Vala
FÁTIMA 0
Guilherme; Tiago Melo, Jefferson, Rui Rodrigues e Igor Rocha; Morelatto e Bruno Alves; Pedras, Carlos Daniel (Miguel Neves 90’+8) e Leandro (Fernandinho 71’); Tiago Caeiro (C) (Sandio 81’)
Suplentes: Rui Dabó, Sandro Embaló, Vieirinha
Treinador: Rui Amorim
Disciplina
Amarelos: Tiago Melo (34’), Farinha (72’), Gaio (83’), Militão (89’), Bruno Alves (90’+2)
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt
Ainda não foi desta que o Caldas acabou com a malapata das estreias em casa no campeonato. Desde 2006/7 que, sempre que a primeira jornada é em casa, os pelicanos não conseguem vencer. Desta vez o adversário foi o Fátima, que apesar de ter controlado as operações na primeira parte, acabou por ter no seu guarda-redes o principal responsável pelo nulo.
José Vala lançou no primeiro onze oficial da época dois reforços – Pedro Faustino na direita e Ruca na frente de ataque – e também o sistema testado na pré-época, em 4-4-2.
O Fátima, que começou tarde a sua preparação mas contratou vários jogadores com presença nas ligas profissionais, começou por ter o controlo na primeira parte. Meio campo sólido, a dificultar as saídas do Caldas com a bola controlada, e um ataque possante, que obrigou os alvinegros a manterem concentração máxima na manobra defensiva.
Com mais bola e mais tempo no meio do Caldas, faltava ao Fátima rotinas ofensivas para ultrapassar a organização do Caldas. Conseguiu num livre em que a bola acabou por chegar às mãos de Luís Paulo, e num remate de longe que chegou a assustar. O Caldas tentava tirar partido do espaço que tinha entre a linha defensiva do Fátima e a baliza, mas sem precisão no passe longo, e por vezes nos tempos de passe, as oportunidades não abundaram.
Para a segunda parte, José Vala baralhou as suas peças. Pedro Faustino passou da direita para o meio e Ruca fez o caminho inverso, a equipa passou a jogar no habitual 4-2-3-1. As mudanças no desenho táctico vieram acompanhadas de maiores dinâmicas e intensidade. O Caldas passou a ter mais bola e a ser mais directo na forma de atacar a baliza.
O Fátima foi forçado a recuar, mas o Caldas conseguia encontrar alguns caminhos para a baliza contrária e ao minuto 64 teve a primeira grande oportunidade na cabeça de Militão. A desviar um canto de André Santos, o central obrigou Guilherme A uma primeira grande defesa.
O Caldas intensificou o domínio. Ricardo Isabelinha já tinha trazido maior verticalidade ao jogo a partir do banco. Simões e Januário refrescaram a equipa para a ponta final.
No melhor lance do jogo, o Caldas voltou a estar perto da vitória, mas Guilherme voltou a não o permitir. Passos concluiu uma sequência de passes com um remate forte à entrada da área, mas o guardião esticou-se e impediu o golo que daria justa vitória aos alvinegros.