Equipa tem forte aposta na formação, com quatro jovens vindos dos Sub-21
A equipa de voleibol do Sp. Caldas regressou ao trabalho na passada segunda-feira. Frederico Casimiro continua no comando técnico da equipa, que vai tentar o objetivo falhado na época passada, regressar à 1ª Divisão.
A equipa surge este ano com um plantel renovado, após a saída de sete jogadores da equipa de 2023/24, e houve uma aposta declarada em atletas da formação e em novos mercados, nomeadamente a América do Norte.
“Saíram alguns jogadores estrangeiros, que era normal que saíssem”, diz Frederico Casimiro, aos quais se juntaram também as saídas de Paulo Pereira, que terminou a carreira mas mantém a ligação à equipa passando a ocupar o cargo de diretor de equipa, fazendo a ligação com a direção. Também o caldense Ruben Santos saiu, “para um projeto diferente na Marinha Grande”, refere o técnico.
A reconstrução do plantel passou pelo reforço da aposta na formação. Há três atletas que sobem diretamente da equipa de Sub21 dos leões caldenses, que recuperaram também o concurso de João Madruga, jovem caldense que começou no clube, mas esteve até à época passada no Sporting, vindo também da equipa de Sub21.
O reforço da aposta na formação reflete-se ainda na subida do treinador dos Sub21 para adjunto de Frederico Casimiro na equipa principal, fazendo a ponte entre as duas equipas do clube. “Fazia sentido que assim fosse, é o que muitos clubes fazem”, realça Frederico Casimiro.
“Acho que é um investimento muito grande na formação, mas também resolvemos ir buscar três jogadores estrangeiras com nacionalidades distintas, apostando num mercado que é diferente, o mercado norte-americano”, com dois atletas que chegam do Canadá e Estados Unidos, apontou Frederico Casimiro. Está também garantido o concurso de um distribuidor que é iraniano, que será um regresso ao clube.
O plantel continua a contar com dois jogadores que têm sido nucleares no projeto do voleibol do Sp. Caldas nos últimos anos, o central Nuno Pereira e o Zona 4 Kiká. “Para mim, enquanto treinador, são os meus braços direitos, são pessoas que me apoiam, que fazem a ligação entre a equipa e o treinador e em quem eu tenho total confiança. Acho que as equipas também têm que ter este tipo de jogadores, que mantêm aquela mística”, disse.
O plantel dá garantias ao técnico para realizar um novo ataque aos lugares de subida à 1ª Divisão, “esse é o nosso principal objetivo”.
No regresso ao trabalho, foi feita uma apresentação com os jogadores já disponíveis, que além de ficarem a conhecer os colegas, os objetivos para a época e pleno de treinos, conheceram também o histórico do clube.
Na apresentação, Frederico Casimiro falou também de uma limitação que o clube já teve na época passada, que passa pela incerteza em relação ao pavilhão que vai utilizar para os jogos. A garantia é que o clube poderá utilizar para treinos o Pavilhão Rainha D. Leonor, mas sem poder fazer um pré-agendamento do pavilhão para os jogos, na época passada acabou por ter que fazer perto de metade dos encontros em casa no Pavilhão Raul Jardim Graça.
“Nós queríamos reservar o pavilhão por defeito, a Câmara Municipal não o permite, o que é o facto é que corremos o risco de quando formos reservar o pavilhão, o horário estar já atribuído”, conta.
Além disso obrigar a deslocalizar alguns treinos, para poder treinar no pavilhão onde vai jogar, há ainda a questão das condições de jogo. “O Pavilhão Raul Jardim Graça tem um teto muito baixo e uma varanda que leva muito pouca gente”, sustenta o treinador, manifestando o desejo de que o município possa mostrar esta época uma sensibilidade diferente para esta questão. ■