António Salvador escolhe MPT para se candidatar à Câmara da Nazaré

0
853

António Salvador vai encabeçar a lista do Partido da Terra – MPT à Câmara da Nazaré, onde é actualmente vereador eleito pelo PSD. O também arquitecto na Câmara das Caldas da Rainha e proprietário do Jornal das Caldas e do Região da Nazaré assume a condição de independente nas autárquicas deste ano, tendo já entregado o cartão de militante do PSD. Mantém-se, ainda assim, à frente dos Trabalhadores Social Democratas (TSD).
A candidatura de António Salvador não traz qualquer surpresa, a não ser a escolha do partido de matriz ecológica e rural. Uma escolha que justifica pela maior facilidade conferida às candidaturas apresentadas pelos partidos (como o facto de não pagarem IVA), em detrimento das candidaturas independentes.
Em 2005 o arquitecto integrou a candidatura independente encabeçada por António Trindade (que também já anunciou a sua candidatura às próximas autárquicas) e conseguiu ser eleito vereador. Mas acabaria o mandato a apoiar Jorge Barroso (presidente eleito pelo PSD), que ficou sem maioria no executivo nazareno depois de se incompatibilizar com o seu vice-presidente, Reinaldo Silva, também do PSD.

Em 2009 António Salvador integrou a lista de Jorge Barroso, voltando ao PSD. Mas agora foi ele quem entrou em ruptura com o edil, acabando por renunciar aos pelouros que lhe tinham sido atribuídos e ao cargo de vereador a tempo inteiro. Desde então, tem tornado pública a sua discordância com algumas das medidas adoptadas pelo executivo. Ao longo deste tempo o arquitecto afastou-se também do PSD da Nazaré, acabando mesmo por mudar a sua militância para a concelhia das Caldas da Rainha.
A discordância com o caminho seguido por Jorge Barroso é, de resto, a justificação que apresenta para a sua candidatura pelo MPT. António Salvador promete ainda não virar as costas aos seus conterrâneos num momento tão difícil. Mesmo antes de apresentar publicamente a sua candidatura, tinha já anunciado que a sua família iria disponibilizar gratuitamente alguns terrenos agrícolas a quem quiser cultivar “uma horta de agricultura sustentável/biológica”, sem fins comerciais e que não afecte as culturas vizinhas. “Queremos ajudar no que nos for possível”, dizia o arquitecto no comunicado à população onde dava conta da decisão da família.
Os interessados em usufruir desta iniciativa devem preencher uma ficha no escritório de arquitectura de António Salvador, no número 168 da Rua Mouzinho de Albuquerque. JF