Já arrancou obra para prevenir as inundações na Quinta da Cutileira

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As obras de ampliação da rede pluvial da Quinta dos Canários estão a decorrer
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O objetivo é resolver o problema estrutural que assola aquela zona da cidade, mas também está em estudo uma solução para a Rua Diário de Notícias

A “Ampliação da Rede Pluvial da Quinta dos Canários”, cujas obras já estão a decorrer, pretende resolver o problema de inundações que ocorrem naquela zona sempre que há mais precipitação. Executada pelo consórcio Azinheiro 1929 – Engenharia, S.A. / Secbat, Lda, com um valor de 318 mil euros + IVA (dos quais 200 mil euros são comparticipados pela Mercadona), a intervenção tem uma duração de quatro meses e resulta de um estudo que foi feito para a reorganização dos caudais naquela zona. Já foi criada uma bacia de retenção pequena, junto ao estacionamento daquela superfície comercial, e está a ser feita obra, pela Rua das Estufas, para encaminhar metade do caudal que vem da entrada norte da cidade, para uma grande bacia de retenção antes de seguir para a Vala dos Texugos e, depois, o Rio de Tornada. “Temos 528 metros com um caudal de um metro de diâmetro, o que permitirá um desvio significativo de águas”, explica o administrador delegado dos SMAS, José Moura, acrescentando que a bacia de retenção, situada na zona dos Texugos, estará vazia e irá “controlar” o caudal, que depois irá para o rio.
De acordo com o responsável, também já estava a ser desviada alguma água pluvial da Rua Diário de Notícias para a zona da Quinta da Cutileira, de modo a não provocar inundações na Praça da Fruta e zona da Rainha.
“Pensamos que ficamos com esta parte estrutural resolvida”, salientou o vice-presidente da Câmara, Joaquim Beato, reconhecendo, no entanto, que não é possível ter controle nas chamadas cheias repentinas (flash floods) que são, na maioria das vezes, o grande problema das redes de drenagem.
Nas Caldas existem apenas duas bacias hidrográficas. Quando chove as águas que descem da Rua Diário de Notícias vão desaguar no Rio da Cal, e as da zona da Cutileira drenam para a Vala dos Texugos e Rio de Tornada. No caso das inundações que resultam da Rua Diário de Notícias o problema não tem que ver só com a “carga, mas também com o desnível natural. Quando chove muito a velocidade que a água atinge é tanta que passa por cima dos sumidouros existentes”, explica José Moura.
Para essa zona da cidade está prevista uma intervenção numa segunda fase e terá um alcance ainda maior, porque existem uns depósitos na Mata Rainha D. Leonor que estão abandonados e há a possibilidade de reterem parte da água. Esses depósitos eram utilizados para encher, no passado, o lago do Parque. Denominado “Projeto de Resolução da insuficiente capacidade de escoamento dos coletores de drenagem de águas pluviais na Rua Diário de Noticias e respetiva Bacia Hidrográfica”, está a ser executado pela DIMEST – Dimensionamento de Estruturas Estudos e Projetos, Lda, por um valor de 16,8 mil euros + IVA. ■
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