O projeto “FLÂNEUR AO CENTRO” continua a sua missão de transformar os espaços públicos do Centro e do Oeste de Portugal – Leiria, Bombarral, Lourinhã e Torres Vedras – em verdadeiros palcos de arte. Depois de Leiria e Bombarral, a próxima paragem faz-se na Lourinhã, a 15 de outubro, com a apresentação de um catálogo verdadeiramente surpreendente, que retrata o trabalho realizado por quatro fotógrafos e convida à visita da exposição na Praça José Máximo da Costa, até ao dia 30 do corrente mês.
Desenhado e coordenado pela Procur.arte, em parceria com os municípios de Bombarral, Leiria, Lourinhã e Torres Vedras, o “FLÂNEUR AO CENTRO” nasceu com o objetivo de percorrer e pensar estes territórios, partilhando ilações de quatro artistas sob a forma de arte em espaços públicos. Em suma, converte as cidades e vilas em verdadeiros palcos vivos, que convidam à descoberta do território.
O projeto arrancou em Leiria, em abril, cinco meses depois seguiu para o Bombarral e apresenta-se, agora, entre 15 e 30 de outubro, na Lourinhã, com o, onde será lançado lançamento de um catálogo com 108 páginas, composto por cinco peças autónomas, cosidas a linha com “costura singer”, que promete fazer parar todos os cidadãos para contemplarem o que de melhor há na arte em Portugal. Esta publicação estará à venda no dia da inauguração da exposição e, posteriormente, no site da Procurar.arte e em eventos paralelos.
A designer Leonor Santos (TRUE.) é a autora do conceito do catálogo, que apresenta os trabalhos produzidos pelos quatro fotógrafos no território e que realça, em detalhe, as identidades estéticas de cada um.
Os cadernos dos artistas são emoldurados pelo caderno do projeto, que conta com textos de Nuno Ricou Salgado, da Procur.arte, e do Prof. Miguel Duarte, Coordenador da Licenciatura em Fotografia do IPT/Investigador do Techn&Art.
“Queremos criar novas leituras sobre este território, tendo como ponto de partido o conceito de flâneur e como contexto físico esta região enquanto caleidoscópio social em constante mutação. O objetivo é, a partir da criação artística e da fotografia, promover uma leitura contemporânea do território”, realça Nuno Ricou Salgado, a propósito do “FLÂNEUR AO CENTRO”.
Recorde-se que o projeto é livremente inspirado na obra e percurso do Arquiteto Ernesto Korrodi, que, a partir de Leiria, realizou várias obras em Portugal continental. De origem suíça, Korrodi naturalizou-se português, foi pioneiro da Art Noveau e recebeu dois Prémios Valmor. Além dos seus estudos sobre o património, desenhou edifícios públicos, casas, quintas e teatros na região. A fauna e flora características da região (uva, pêra, maçãs, figos, etc.) estão presentes em toda a sua obra, tanto na cantaria como no trabalho do ferro e mobiliário. Catarina Botelho, Fábio Cunha, Joshua Phillips e Róisín White foram os quatro artistas convidados a reler a região e a redescobrir este território, numa homenagem ao espírito deambulante de Ernesto Korrodi.
A última paragem do “FLÂNEUR AO CENTRO” acontece no próximo mês de novembro e tem como palco o território de Torres Vedras.