Para operar no mercado, as mediadoras têm de cumprir critérios rigorosos

Apenas a capital do distrito dispõe de mais mediadoras registadas, segundo os últimos dados do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção. Alcobaça é o terceiro concelho do distrito no que respeita a empresas a operar na mediação imobiliária, logo seguido de Peniche

Caldas da Rainha tem um mercado imobiliário muito activo, sendo, de resto, o segundo concelho do distrito com maior número de agências de mediação devidamente licenciadas para o efeito. Segundo dados do Instituto dos Mercados Públicos do Imobiliário e da Construção (IMPIC) estão registadas 261 empresas no distrito de Leiria, sendo que Caldas surge na 2ª posição deste “ranking”, com 47 empresas, apenas superado pela capital do distrito. Em Leiria, há um total de 76 agências que constam da lista da entidade criada em 2015 e que sucedeu ao Instituto da Construção e do Imobiliário. Depois de Leiria e Caldas, é Alcobaça que tem maior protagonismo neste sector, com um total de 28 mediadoras, ligeiramente acima de Peniche, com 25, e Marinha Grande, com 22. Segue-se Pombal (18 empresas), enquanto concelhos de menor dimensão territorial como Óbidos e Nazaré dispõem de 11 e 9 mediadoras ali instaladas, respectivamente. No Oeste, referência, ainda, para o concelho do Bombarral, com 6 empresas registadas oficialmente pela entidade responsável pelo sector e que “nasceu” em 1956 como Comissão de Inscrição e Classificação dos Empreiteiros de Obras Públicas. Para operar no mercado, as mediadoras têm de proceder ao pagamento da guia de Taxa Anual de Regulação e fazer a submissão do formulário online para a verificação anual dos requisitos para manutenção da validade da licença de Mediação Imobiliária. O prazo termina hoje. Boa parte das empresas registadas são empresas ligadas a multi-nacionais, mas que operam em regime de franchising, beneficiando, assim, do know-how de marcas que estão solidamente instaladas no mercado. O mercado está a ser muito disputado e as mediadoras estão autorizadas, salvo raras excepções, a operar fora dos concelhos de origem. De resto, a esmagadora maioria das empresas licenciadas no distrito coloca no mercado imóveis de concelhos vizinhos, seja através de venda ou do arrendamento.

RE/MAX REFORÇA POSIÇÃO

A RE/MAX, a maior imobiliária a operar em Portugal, fechou 2019 com 5,20 mil milhões de euros em negócios, reforçando a presença no mercado, ao ampliar as quotas de 20 a 30% em distritos como o de Lisboa, mas também em toda a região norte do país, informou a empresa. Por distritos, Leiria é o sexto mais relevante no país para a marca, com um total de 14 agências e 285 profissionais dedicados ao negócio, que conseguiram transaccionar no ano passado 2.349 imóveis, ou seja, 3,5% da quota nacional da empresa. Em 2019, nos negócios intermediados pela RE/MAX, acentuou-se o investimento do cliente estrangeiro em cerca de 3%, com destaque para os brasileiros que, pelo terceiro ano consecutivo, são quem mais negoceia imobiliário com a mediadora, representando já 6,2% do total de transações. A ERA é outro dos players mais influentes a nível nacional, com cerca de 200 agências, algumas das quais a operar na região, dedicando-se cada uma das imobiliárias a um território específico.