Os últimos dados revelados pelo Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), que são referentes ao período entre Janeiro e Junho de 2019, comprovam que são os franceses os estrangeiros que mais investiram no imobiliário português. Este mercado tem uma quota de 21%, sendo seguido pelo Reino Unido e Brasil (com 18%), Alemanha (9%) e China (7%).
“Os franceses continuam no top dos que mais investem em imobiliário português. Não há dúvida de que esta rota veio para ficar, e acentua-se a diversificação deste investimento, que não se centra apenas nas principais cidades. Com o aumento de preços nos grandes centros urbanos, há uma procura cada vez mais acentuada em zonas de menor densidade populacional”, declarou Luís Lima, presidente da APEMIP. O mesmo responsável referiu que é expectável que o mercado britânico “mantenha esta representatividade, mesmo com as dúvidas que o Brexit ainda gera”. Luís Lima admite que “aquando o referendo do Brexit, sentiu-se uma retracção deste investimento, com receio do que o futuro poderia reservar. No entanto neste momento, tal não se verifica, uma vez que a representatividade britânica tem vindo a crescer no investimento imobiliário”. O mesmo relatório esclarece que as tipologias mais procuradas são os T3 (46%), os T2 (37%) e os T1 (15%). O investimento estrangeiro em imobiliário no primeiro semestre do último ano representou um total de 16% das transacções que foram realizadas. O mesmo responsável considerou que é difícil prever o comportamento do mercado este ano. “É expectável que o mercado sinta uma estabilização ou uma ligeira quebra no número de transações imobiliárias”, referiu, salientando, ainda assim, que é difícil prever, até pelos fortes desequilíbrios entre a oferta e a procura. “Neste caso, a oferta existente não é suficiente para dar resposta às necessidades da procura, que tem vindo a crescer, não só no mercado de compra e venda como no mercado de arrendamento”, declarou Luís Lima.