A Expoeste recebeu nos dias 9 e 10 de Junho a Feira de Stocks Saldos e Promoções denominada Outlet 2012, que atraiu cerca de 3000 visitantes ao parque de exposições da cidade. A novidade foi a grande adesão de comerciantes caldenses que vieram escoar stocks a um evento que convenceu a maioria dos participantes.
O espaço de exposições transformou-se numa enorme feira de saldos. As propostas iam desde a roupa aos sapatos decoração, marroquinaria, móveis, cerâmica, num sem fim de propostas e sob um denominador comum – preços baixos. Os descontos foram variados e para todas as bolsas. “Tentámos capitalizar o comércio das Caldas com dinheiro vindo da região e também de fora”, disse José Pereira, funcionário da ADIO.
José Pereira conta que os tempos difíceis que actualmente se vivem não permitem a organização de grandes eventos , preferindo iniciativas de menor dimensão, mas atractivas para quem compra e para quem vende.
Marcaram presença várias empresas caldenses como a Promol, a Molde, Bontom, Paula Mendes, o Grupo A. Flores e outras oriundas do Bombarral ou de Alcobaça que também vieram participarar nesta iniciativa.
E como se tratou de uma feira dedicada aos saldos e às promoções, a organização também fez preços muito razoáveis relativamente ao aluguer do espaço. “Levámos 20 euros por módulo (nove metros quadrados) e quem alugasse mais módulos de 54 metros, pagava apenas 10 euros por módulo”, disse José Pereira. Segundo o mesmo responsável, os comerciantes que fizeram bem a diferenciação e que trouxeram produtos para escoar foi os que se “identificaram melhor com o espírito do evento e obtiveram melhores vendas”.
As entradas custavam um euro e a organização ainda oferecia um café por pessoa.
No sábado o certame contou com 1200 visitantes, mas ao final da tarde, por causa do jogo de futebol do Europeu, “baixou um pouco o público”, disse José Pereira. O domingo foi mais composto, tendo o número de visitantes quase atingido os 2000.
Uma boa ideia
Sílvia Lemos estava participar pela primeira vez neste tipo de evento, dedicado aos saldos, e disse estar a gostar da experiência. É responsável pela loja de decoração Cacos – que possui há nove anos – e que fica no bairro dos Arneiros. Estava contente com as vendas e disse que gostaria de regressar numa próxima realização.
“Sim, está a correr tudo bem e a valer a pena”, disse João Cardoso, o responsável pela gelataria Frutóchocolate, que possui uma loja nas Caldas e duas em S. Martinho do Porto. “Esta foi também uma forma de assinalar o primeiro aniversário da loja nas Caldas”, contou o empresário. que em breve irá abrir nova Frutóchocolate em Oeiras.
A visitante Clara Figueiredo, que mora no concelho das Caldas, ainda não tinha gostado de nada em particular do que tinha visto até então, mas acha que realizar uma Feira de Saldos nesta época de crise “é de facto uma boa ideia”.
Maria João Oliveira, da Loja das Gangas Nayr, no Bairro Azul, diz que o certame “está a corresponder às expectativas, e como estamos com esta crise, o ideal seria realizá-la com maior regularidade”. Para esta vendedora, os comerciantes deviam unir-se e realizar esta iniciativa dedicada a escoar stocks, pelo menos “uma vez por mês”.
A Molde já esteve há alguns anos a participar em certames similares e decidiu marcar presença neste Outlet. “Viemos dar a conhecer o que produzimos, dado que há muita gente que não conhece o que fazemos e que se destina sobretudo à exportação”, disse Nelson Ribeiro, responsável pelo departamento comercia e de exportação desta empresa.
Segundo aquele responsável, o principal intuito foi a divulgação da Molde, que trouxe peças “com preços muito reduzidos, quase abaixo do preço de custo”.
Nelson Ribeiro estava satisfeito com os visitantes ao espaço da fábrica pois vieram pessoas de Viana do Castelo, do Porto e até do Algarve, algo que é muito útil pois “ajuda-nos a perceber as actuais tendências de consumo”.
Nelson Ribeiro tem a seu cargo a área do turismo industrial e contou que a Molde tem algumas parcerias com a hotelaria, proporcionando visitas a quem queira conhecer de perto uma unidade industrial de cerâmica que tem também uma componente forte de manufactura. Os visitantes mais assíduos são das escolas do Oeste, mas não só pois “temos recebidos escolas desde Almada até ao Alentejo”, rematou.
Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt