Depois da ginja, a Alcóbidos lançou recentemente um novo gin

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Depois da ginja com o nome da Alcóbidos, lançada em julho deste ano, os empresários Filipe Daniel (obidense) e Sérgio Trindade (alcobacense) decidiram lançar o 1178 Ginbassa.
A bebida foi criada “a partir dos melhores botânicos presentes na região Oeste de Portugal”, como a maçã de Alcobaça, salicórnia da Lagoa de Óbidos, erva princípe dos terrenos dos empresários, rebentos de pinheiro do Pinhal de Leiria, entre outros. Todos estes aromas “casam” com o limão de Mafra, para um gin verdadeiramente único.
“Com esta conjugação de frutos e botânicos nasce este gin, onde a primeira destilação foi importante para extrair todo o potencial aromático destes compostos seguida de uma segunda destilação por forma a trazer a elegância e a finess com que este gin se caracteriza”, descrevem os autores.
O maior desafio na produção desta bebida “foi criar algo singular dentro da oferta que existe no mercado”, explicaram os empresários à Gazeta das Caldas.
“Gin de Óbidos e de Alcobaça” é como se apresenta, na própria garrafa, este gin, que tem 40º de volume alcoólico.
O primeiro impacto é sempre algo importante e, desse modo, tal como havia acontecido com a questão estética das garrafas de ginja, houve uma grande preocupação relativamente ao aspeto visual deste novo produto, como facilmente se percebe ao olhar para a garrafa.

Nome é homenagem a Alcobaça
O resultado tem sido alvo de elogios. O formato da garrafa de vidro é o mesmo que o utilizado no licor de ginja e é, já de si, elegante. O requinte é ainda conferido com a tampa da garrafa, que tem uma peça em cerâmica (toda branca, com o nome do gin) colada à rolha de cortiça.
Mas em termos visuais o que chama mais a atenção é o rótulo, onde se apresenta uma fusão entre a conhecida fachada do Mosteiro de Alcobaça e a tantas vezes retratada Rua Direita da vila medieval de Óbidos. O desenho une estas duas imagens icónicas com o logótipo do gin.
E como este gin tem uma forte presença da maçã de Alcobaça esse facto também vem reflectido na imagem do rótulo.
O nome escolhido pelos empresários é uma homenagem que a Alcóbidos presta a uma das cidades com maior história da região Oeste, que é Alcobaça. “1178 é a data do início da construção do Mosteiro de Alcobaça”, explicam à Gazeta das Caldas. O nome Ginbassa “significa Gin de Alcobaça”.

O melhor de dois mundos
A Alcóbidos nasceu em 2017, mas a ideia adjacente à empresa já vem de 2014 e surge da amizade dos dois empresários, um obidense e outro alcobacense. A dupla propôs-se a criar uma ginja que, ao invés de entrar na discussão sobre qual a melhor – se a de Óbidos se a de Alcobaça -, iria tentar tirar o melhor dos dois mundos, num projeto que incluiu a plantação de cinco hectares e meio de pomares próprios em terrenos nos dois concelhos.
O resultado foi uma ginja com elas, que estagia três anos em barricas de carvalho francês e que foi alvo de elogios. O design da garrafa foi premiado.
Filipe Daniel trabalha numa multinacional de agroquímicos e tem a atividade fruticultora, mas também faz parte das assembleias municipal de Óbidos e intermunicipal do Oeste, sendo, simultaneamente, presidente da associação de regantes de Óbidos. Já Sérgio Trindade, do Casal da Costa (Alcobaça), é o responsável em Portugal de uma multinacional de agroquímicos.

Bebida reúne aromas como a maçã de Alcobaça, salicórnia da Lagoa de Óbidos, erva princípe e rebentos de pinheiro do Pinhal de Leiria

A Alcóbidos encontra-se atualmente a ultimar todos os processos para iniciar a venda directa online, sendo que é possível comprar entrando em contacto direto com a empresa através do site ou das redes sociais.
O passo seguinte será a internacionalização da marca. “Esse será o desafio seguinte que queremos abraçar”, contam, acrescentando que desde a criação da marca têm recebido vários contactos de alguns países. “Estamos a avaliar cada situação”, revelaram os empresários, realçando que “a prioridade será sempre Portugal, até porque relativamente à ginja só produzimos o licor referente ao que os nossos ginjais produzem”, o que significa que estão sempre dependentes de cada ano produtivo. “Por isso dar o passo de exportar carece sempre de avaliação e ponderação”, fazem notar.
No caso do gin, a internacionalização poderá ser um “processo mais rápido devido ao diferente processo produtivo.