
Dezenas de proprietários de casas do Bom Sucesso Design Resort reclamam à administração o pagamento de cerca de um milhão de euros, respeitante ao contrato de exploração turística, avança a agência Lusa. O presidente do conselho de administração do Bom Sucesso, Paulo Graça Moura, admite a dívida e vai propor um acordo que “salvaguarde, na medida do possível, o pagamento a clientes, empreiteiros e bancos”. Actualmente ainda não há uma proposta de resolução da situação relativa ao pagamento das garantias, mas “estamos a trabalhar numa solução conjunta”, garante o gabinete de imprensa da empresa à Gazeta das Caldas.
O empreendimento iniciou em 2009 a exploração turística das casas, com base em dois contratos: Vacations e Hotelier. De acordo com a agência Lusa, as críticas referem-se ao sistema Hotelier, em que os proprietários podem usar as casas seis semanas por ano, cedendo-as, no resto do ano, à exploração turística.
O contrato firmado pela Acordo Óbidos (empresa do grupo Acordo que gere a vertente imobiliária) garantia um rendimento mínimo de 5% sobre o valor do investimento durante um período de dois ou três anos.
No entanto, há vários proprietários espanhóis e ingleses que garantem que esse valor nunca foi pago apesar de “várias tentativas junto da administração para que a situação seja regularizada”. Num fórum de proprietários ingleses, estes dão ainda conta de problemas na construção das casas e piscinas, dos elevados custos de manutenção dos jardins e, nalguns casos, de terem recebido pedidos de pagamento por parte de empreiteiros aos quais a empresa alegadamente terá ficado a dever.

O presidente do conselho de administração do Bom Sucesso, Paulo Graça Moura, admitiu “uma dívida média de 13 a 15 mil euros/ano” a cada um dos cerca de 75 proprietários do regime Hotelier. O responsável explica ainda que a Acordo Óbidos “tem dívidas muito grandes” e por isso vai propor um acordo que “salvaguarde, na medida do possível, o pagamento a clientes, empreiteiros e bancos”.
Caso os proprietários não aceitem Paulo Graça Moura adianta que a questão terá que ser resolvida em tribunal, pois a empresa não tem dinheiro, até porque há outros proprietários (do regime Vacations) que lhes devem “cerca de 600 mil euros de condomínio e exploração turística”, sublinhou à mesma fonte.
Paulo Graça Moura reconheceu ainda que o empreendimento deve “mais de um milhão de euros a empreiteiros” e “muitos milhões à banca, que reúne, de longe, a maior fatia das dívidas”, mas pretende “encontrar uma solução para tentar pagar a toda a gente”.
O aldeamento em questão, o Bom Sucesso Lagoa Golf, inclui 601 moradias, um hotel com SPA, um campo de golfe de 18 buracos Championship e diversos equipamentos, e foi o primeiro de três a ser construído. Está prevista ainda a construção de mais dois aldeamentos, que no total dotarão o empreendimento de 1.050 casas.
O aldeamento tem a classificação cinco estrelas e integra um Projecto dePotencial Interesse Nacional.
No entanto, as dívidas reclamadas pelos proprietários e empreiteiros ao empreendimento do Bom Sucesso, não põem em causa a abertura do Hotel Hilton. “Temos um contrato com a cadeia Hilton e não há motivo nenhum para não ser cumprido, porque a empresa responsável pela implantação do hotel não deve um tostão”, disse Paulo Graça Moura à Lusa. O empresário espera mesmo que a abertura do hotel de cinco estrelas seja “o ponto de viragem em termos de animação e dinâmica turística e imobiliária”.
De acordo com o gabinete de imprensa da empresa, o Bom Sucesso tem três mercados importantes (Espanha, Inglaterra e Irlanda), cuja alteração teve impacto e alterou as circunstâncias comercias de forma decisiva. “A compra de segunda habitação parou, as pessoas ou não podem de facto ou esperam até perceber a forma como a economia vai evoluir”, conclui.
Fátima Ferreira
fferreira@gazetadascaldas.pt
“Estamos a trabalhar a trabalhar numa solução conjunta”. Falso
Sou proprietário, não há qualquer proposta da administração não há qualquer trablaho conjunto. Silva Pereira disse numa reunião com prprietários, 07/04/2012, disse que vão pagar, um dia. Proposta nenhuma.
É absolutamente falso que os proprietários de Vacation devam 600 000€. O Sr. Graça Moura assinou os cotratos de exploração Turística e devia conhecer – pelas declarações não conhece – o seu conteúdo. O Sr. Graça Moura, numa clara e grosseira violação dos contratos, pede esse dinheiro aos proprietários. Foi pedido dinheiro para arejar as casas por causa dos maus cheiros. Mails enviado por Ana Furtado.
“Não deve um tostão”. No últimos 30 dias entraram nos Tribunais Portugueses ações, por dívidas, contra a Acordo/Bom Sucesso no valor de 127 193,06€. Há muitos mais processos e insolvências à mistura. Seria curioso perceber como não deve um tostão.
Hilton – são cada vez mais insistentes as notícias que dão o Hotel como Tivoli. Graça Moura com as suas declaraçõe,apenas quer antecipar o fim do contrato, atribuindo responsabilidades à Hilton, quem quebrou o contrato foram eles,não nós.
Basta Consultar o Relatório e Contas,2011,do Fundo de Investimento Imobiliàrio Fechado Bom Sucesso I para perceber o estado em que se encontra o empreendimento. Sem liquidez, sem vendas, rescisão de contratos promessa, incumprimento do mínimo legal de 5 000 000€ para um Fundo de Investimento Imobiliário.