Economia social vale 3% da economia nacional

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As IPSS geram mais emprego e receita, mas é na cultura, comunicação e recreio que há mais entidades registadas

A economia social engloba um conjunto de entidades cujo objetivo primordial não é o lucro, mas sim o bem-estar das pessoas. Nesta estão incluídas as cooperativas, as associações com fins altruístas, as fundações e as instituições de solidariedade social. Apesar de não terem como fim o lucro, estas organizações também têm o objetivo de contribuir para a riqueza nacional. O seu impacto é medido através de um protocolo entre o Instituto Nacional de Estatísticas e a Cooperativa António Sérgio para a Economia Social.
Os dados mais recentes, publicados no ano passado, dizem respeito ao ano de 2016 e indicam que a economia social tem um papel assinalável na economia nacional.
Assim, em 2016 a economia social gerou 4,8 mil milhões de euros de Valor Acrescentado Bruto, que representa o excedente entre o valor gerado pela produção e o consumo intermédio. O peso do VAB da economia social do notal da economia nacional foi de 3% do total, o que representou um crescimento em relação ao último estudo, 2,8% em 2013.
A saúde é o subsetor mais valioso, coloca 1.189 milhões de euros no VAB nacional e representa quase um quarto da economia social. Os serviços sociais aproximam-se deste valor.

Setor tem um peso relevante no emprego e nas remunerações e na criação de valor acrescentado

Estes são, igualmente, os dois subsetores com maior peso no emprego remunerado, respetivamente com 32,1% e 29,8% do total da economia social.
Neste indicador, a economia social representou ainda 6,1% do trabalho remunerado equivalente a tempo completo, quando em 2013 se tinha cotado pelos 6%.
Outro indicador que comprova a importância da economia social são as remunerações, que representaram 5,3% de toda a economia nacional, com 4,3 mil milhões de euros, mais 350 mil euros do que no período anterior.
As IPSS são as entidades com maior peso na economia social. Representam 7,8% do total de entidades, produzem 44,2% do VAB, cobrem 51,5% das remunerações e 63,1% do emprego remunerado.
Já as principais atividades são a cultura, comunicação e recreio.
Em termos de regiões, é no Norte que se encontra maior número de entidades, mais de 23 mil, seguido do Centro, onde se inclui o Oeste, e da Grande Lisboa.
Já em relação ao número de entidades por milhar de habitantes, é o Alentejo que lidera, com 10, com o Centro ainda em segundo lugar e o terceiro a ser divido pelo Norte e pelo Algarve.

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