Fábrica de chocolate pode iniciar construção em breve

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A realização das sondagens no terreno indicam que o processo pode estar próximo da conclusão

Construção pode iniciar-se em outubro. Investimento será de 16 milhões de euros

A Chocolate Bless e a Cocoa Valley deram início aos trabalhos de preparação do terreno onde será construída a fábrica de produção de chocolate, que terá capacidade para processar até 12 mil toneladas por ano. O início da construção da fábrica está pendente da luz verde da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDR) do Centro, que deverá emitir um parecer até ao final de setembro.
O projeto de um centro de chocolate foi dado a conhecer em março deste ano pela Chocolate Bless, de Brigitte Bless, empresa atualmente com sede em Famalicão da Nazaré, e que produz bombons, tabletes e outros produtos acabados de e com chocolate, e pela Cocoa Valley, empresa de Serge Ngassa que produz cacau nos Camarões e que o irá processar em chocolate e manteiga de cacau na futura fábrica das Caldas da Rainha.
Em parceria, as duas empresas adquiriram um terreno na Zona Industrial das Caldas da Rainha, contíguo à fábrica das Faianças Rafael Bordallo Pinheiro, e na semana passada iniciou o processo de limpeza e de realização de sondagens do terreno. Também na semana passada, depois da discussão em sessão de Câmara, foi enviada pela autarquia das Caldas da Rainha toda a documentação necessária para que a CCDR analise o pedido de alteração da classificação do terreno com as entidades responsáveis. Atualmente o terreno está indicado como agroflorestal, mas a Câmara das Caldas já o tinha sinalizado como área de expansão da Zona Industrial na proposta de revisão do PDM.
Os responsáveis das empresas acreditam que a resposta da CCDR Centro possa chegar até ao final de setembro, de modo a que as obras de construção da fábrica se iniciem com a maior brevidade possível. Na apresentação do projeto, os empresários Brigitte Bless e Serge Ngassa adiantaram que o objetivo era que a produção pudesse arrancar em julho de 2025, de modo a poder dar resposta a encomendas de clientes que a Coca Valley já tinha em carteira.
A fábrica será composta por duas estruturas. Uma na qual se fará o processamento do cacau, desde a torrefação das favas até ao produto final. Esta unidade terá entre 2500 e 3000 m2 de área útil, equipada com tecnologia de ponta neste ramo, de modo a fazer aproveitamento total do fruto. Da fava de cacau será extraída manteiga, que em parte será para produção de chocolate, mas também para venda às indústrias cosmética e farmacêutica. Da massa de cacau será produzido chocolate com as diferentes percentagens, fortemente direcionado à exportação.
Além da fábrica da Cocoa Valley, será instalado um atelier da Chocolate Bless com 400 m2, que permitirá à marca expandir a sua produção de bombons, tabletes e outros produtos acabados de e com chocolate.
O investimento deverá ser superior a 16 milhões de euros e criar cerca de 50 postos de trabalho, quando a produção atingir velocidade de cruzeiro. A fábrica terá capacidade para processar cerca de 4 mil toneladas de cacau por ano, por cada turno de 8 horas, expansível para 12 mil toneladas a trabalhar 24 horas por dia.
Além da produção, os responsáveis querem aproveitar o potencial turístico da fábrica e apostar também na formação. ■