Honda melhorou conforto e qualidade do Civic

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A Honda não mudou muito o desenho, mas melhorou o comportamento do Civic

A Gazeta das Caldas testou o novo Honda Civic com o motor diesel 2.2 i-DTEC, cortesia do concessionário Flores Auto. O novo modelo revelou-se bastante confortável e fácil de utilizar, uma boa aposta no segmento dos familiares compactos que pode ganhar muito quando surgir a versão 1.6 diesel, prevista para o início de 2013.
Mas quem puder chegar a esta motorização mais musculada tem neste Honda Civic uma excelente alternativa aos modelos referência do segmento C, liderado pelo Volkswagen Golf.
O Civic é uma lufada de ar fresco no segmento, marcando claramente a diferença entre os hatchback pelo estilo futurista. O exterior é tão diferente que a Honda pouco mudou na concepção desta nova geração. Na frente pouco mais mudou que o desenho dos faróis, do pára-choques e da grelha frontal. Na traseira houve um grande trabalho para aperfeiçoar o desenho em termos aerodinâmicos, um trabalho tal que incluiu uma pequena aplicação na vertical nas versões diesel para diminuir o atrito.Embora seja questionável o gosto do grupo óptico traseiro bastante saliente, o conjunto resulta bem.
No interior sim, as diferenças são mais que muitas. No que se vê e no que se não vê. O habitáculo tratado como o Honda Accord utiliza materiais de qualidade e transmitem sensação de solidez do conjunto, como é apanágio da marca, e também muito conforto.
O Civic é também bastante prático. Com mais 100 litros de bagageira que o rival Golf, o acesso é também bastante fácil, inclusivamente do banco traseiro, que têm várias configurações para o transporte de carga.
Esta nova motorização diesel foi totalmente remodelada, capaz agora de entregar mais 10 cavalos de potência máxima (150cv) em relação ao que equipava o anterior Civic e reduzindo quer o consumo (para 4,4 litros no circuito misto), quer as emissões (para 115 gramas de CO2 por km).
O resultado deu também a este motor uma força de torção de 350 Nm entre as 2000 e as 2750 rotações por minuto, o que lhe dá um poder de arranque bastante forte para um pequeno hatchback. Isto dá ao Honda Civic uma faixa larga de utilização. Mais desportiva tirando partido do imenso poder que se solta do pulsar do acelerador. Mas muito civilizado e poupado com uma condução mais calma e prudente.
Para além de poupado, um dos trunfos do Civic são os custos de manutenção, já que a Honda testa ao limite os seus componentes para que sejam bastante duráveis, o que significa poucas idas à oficina, mesmo depois de terminada a garantia.
Nesta versão diesel o Civic traz uma paleta bastante completa de equipamento, o que quer dizer que terá um automóvel bastante completo pelo preço base, 29.900 euros, bem abaixo do modelo referência do segmento por menos dinheiro.
A versão de entrada a gasolina, com o 1.4 i-VTEC, custa 20 mil euros.

Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt