Depois dos painéis solares, instalados em 2020, o dessalinizador é mais um passo no caminho da autossustentabilidade da ilha
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Neste mês de Setembro serão lançados três novos projectos com vista à exploração de recursos marinhos para desenvolvimento de produtos para as áreas alimentar e de cosmética

Desenvolver novos produtos alimentares à base de pescado, principalmente de baixo valor comercial, e de algas marinhas ricas em compostos bioactivos e elementos minerais é o objectivo do ProReMar (Produtos Alimentares com base em Recursos Marinhos), desenvolvido pelo Instituto Politécnico de Leiria.
Este projecto visa a valorização sustentada de recursos alimentares marinhos oriundos da costa de Peniche e inclui a produção de três novos produtos direccionados para o público em geral, incluindo pessoas com restrições alimentares optativas, como os vegans.
Este é um dos três novos projectos – a par do SeaFilm e COSMOS – que estão a ser desenvolvidos pelo MARE e são cofinanciados, em 193,3 mil euros pelo programa Operacional MAR 2020.
O SeaFilm, também associado à indústria alimentar, consiste no desenvolvimento de uma película comestível e biodegradável, que permita a congelação sustentável de pescado. Com esta solução, que visa à substituição das películas de plástico, pretende-se ir ao encontro do compromisso assumido pela União Europeia para a proibição da utilização de plásticos de utilização única.
O projecto COSMOS visa a formulação de uma linha de produtos na área dos cosméticos, contendo compostos de origem marinha com propriedades antioxidantes e fotoprotectoras. Neste sentido, será feita a identificação e caracterização de compostos bioactivos extraídos da alga invasora Asparagopsis Armata, localizada ao largo da costa de Peniche e da Reserva Natural das Berlengas, com vista à valorização deste recurso inexplorado, que contribuirá também para uma economia sustentável.
“Estes três projectos atestam o dinamismo do MARE – Politécnico de Leiria e vêm confirmar todo o potencial da economia do mar, por via da inovação associada à exploração dos seus recursos”, considera Maria Manuel Gil, coordenadora do MARE – Politécnico de Leiria e investigadora responsável pelo projeto ProReMar. A responsável considera que, além do elevado impacto a nível regional, posicionam-se também como uma mais-valia para o futuro da economia nacional, alicerçados na investigação com vista à valorização de recursos pouco ou não explorados, e na busca por alternativas ambientalmente sustentáveis.

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