Kia Optima SW – um carro familiar de luxo abaixo dos 40 mil euros

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A Kia lançou no mercado a sua aposta para um segmento superior. O Optima é uma aposta arrojada, que faz do conforto e da oferta tecnológica de topo as principais armas. Mas o preço, em campanha de lançamento nos 37 mil euros, também será um factor para convencer clientes mais cépticos, tendo em conta a excelente relação qualidade/ preço.

Trata-se de uma entrada da marca coreana no segmento D médio superior, onde tem concorrentes como o Opel Insignia, o Toyota Avensis, ou o Peugeot 508, mas não deixa de piscar o olho ao cliente que aponta às marcas premium (Mercedes, Audi e BMW), mas que não se importa verdadeiramente com o logótipo que ostenta à frente.
O Kia tem linhas fortes, que transmitem poder e segurança. Foi concebido para o mercado europeu e apesar de ter identidade Kia, não é marcadamente “asiático”. O interior foi bem pensado, é prático e intuitivo. A versão GT Line, que o concessionário LPM disponibilizou à Gazeta das Caldas para teste, prima pelos bons materiais e acabamentos. O conforto dos bancos em pele impressiona, tal como o espaço a bordo e a oferta de equipamento. Esta versão mais equipada tem preço de 44 mil euros, mas na campanha de lançamento pode tê-lo por 37 mil euros. Inclui caixa de velocidades automática e tecnologia que só está disponível, por norma, a preços bem mais elevados.
É neste campo que o Optima pode fazer verdadeiramente a diferença. No início, tendo em conta que o teste é limitado e queremos experimentar tudo, ficamos até um pouco assoberbados com a panóplia de sistemas auxiliares. Mas ao fim de uma adaptação rápida tudo começa a fazer sentido. A este conjunto de sistemas só falta mesmo dispensar o condutor. Podemos programar o cruise control inteligente, definir a distância para o veículo da frente para que o Optima circule em segurança em qualquer tipo de situação (trânsito da cidade, estrada aberta ou auto-estrada) sem ter de tocar no acelerador ou no travão e à prova de distrações.
O Kia até se conduz quase sozinho onde as estradas são bem marcadas, com o sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem. Só não pode é tirar as mãos do volante. Os sistemas não só garantem a segurança, como permitem que o condutor desfrute de viagens mais tranquilas. A travagem de emergência autónoma, que actua em caso de aproximação perigosa a um objecto, auxilia o condutor a actuar de forma mais eficaz em caso de imprevistos, como um peão que se atravessa à frente do carro.
A tecnologia não fica, porém, por aqui. O Optima estaciona-se – tanto em paralelo como em espinha – e sai do estacionamento sozinho, mesmo em espaços apertados. O sistema de visão 360º, através de câmaras a todo o redor, ajuda se o condutor preferir fazer a manobra sozinho e, em caso de distração, o Optima avisa-o se um carro se atravessar no caminho. O portão traseiro abre-se automaticamente para não ter que largar as compras no chão para o abrir. E não é preciso passar com o pé por baixo do pára-choques, como noutros modelos.
Voltando ao interior, a Kia apostou num sistema de audio de alta definição e até abdicou do pneu suplente para instalar um potente subwoofer. O sistema multimédia também é bastante avançado e é compatível com o Android Auto, um sistema que permite controlar o smartphone com comando de voz. E também há um carregador por indução, o que significa que, se o telefone for compatível com o sistema, não é preciso cabo para carregar a bateria.
Quase nos esquecemos que o Optima é um automóvel e que se às vezes ter um carro que faz tudo sozinho é bom, outras queremos que ele nos proporcione alguma diversão. O prazer de condução não foi esquecido. Um motor de 1,7 litros diesel para um carro deste tamanho pode não parecer muito, mas os 140 cavalos são mais que suficientes para as necessidades. A caixa automática de sete velocidades é suave e quase não se notam as passagens das mudanças. A robustez do conjunto permite curvar depressa com sensação de segurança.

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