Montepio Rainha D. Leonor já comprou o edifício da EDP

0
3735
Conselho de Administração do Montepio
Conselho de Administração do Montepio

Um ano depois de ter sido anunciada a intenção de o Montepio vir a comprar o edifício da EDP, na entrada sul da cidade, foi assinado o contrato de compra e venda e passado já o cheque com o sinal. Mas o Montepio vai ter que esperar até Setembro do próximo ano para que aquela empresa do sector energético liberte as instalações. Depois disso virão as obras e a mudança. Se tudo correr bem, José Luís Ferreira, presidente da direcção do Montepio, diz que 11 de Março de 2020 (aniversário dos 160 anos da instituição) seria uma boa data para inaugurar o novo hospital privado caldense. O edifício custou 1,5 milhões de euros.

“Foi a 10 de Novembro de 2016 que acertámos a negociação com a EDP. Foi a 10 de Novembro de 2017 que aprovámos a compra em Assembleia Geral e foi a 28 de Novembro que assinámos o contrato”. José Luís Ferreira, presidente da direcção do Montepio Rainha D. Leonor, evidencia que num ano já se avançou bastante neste projecto e mostra as plantas dos sete pisos do edifício onde já estão assinaladas as especialidades clínicas que ali vão funcionar.
Mas o processo é moroso. A EDP vai ter que fazer obras num armazém onde vai concentrar os poucos serviços que ainda detém na região e só deverá libertar o edifício até 28 de Setembro do ano que vem. Depois o Montepio deverá ainda apresentar o projecto do que será o futuro hospital à ERS – Entidade Reguladora da Saúde, seguindo-se a fase das obras e a mudança de instalações.
Nada está ainda calendarizado, mas o presidente da direcção diz que o dia do 160º aniversário do Montepio (11 de Março de 2020) seria uma hipótese provável para a festa de inauguração.
A associação de socorros mútuos negociou com a EDP a compra do edifício por 1,5 milhões de euros, mas deverá ainda gastar mais de cinco milhões nas obras e na mudança. “É o maior investimento feito nas Caldas nos últimos anos”, realça José Luís Ferreira.
Quanto ao financiamento, ainda nem sabe se terá ou não comparticipação de fundos comunitários para o projecto, mas, para já, há três instituições financeiras – CGD, BCP e Montepio Geral – disponíveis para ajudar na operação financeira, não se tendo ainda decidido por nenhuma das três.
Por parte dos associados, a direcção do Montepio pode estar tranquila. Na Assembleia Geral de 10 de Novembro, compareceram 30 pessoas que aprovaram (com uma abstenção) este passo em frente para um futuro hospital.
José Luís Ferreira diz que, no futuro, não exclui a hipótese de virem a ter como parceiro um dos grandes grupos privados de saúde portugueses, “mas para já a nossa ideia é percorrermos este caminho sozinhos”.

HOSPITAL TERMAL É SÓ “COLABORAÇÃO”

Outro desafio para esta entidade é a reabertura do Hospital Termal. Contrariando a ideia de que a Câmara iria sub-concessionar aquele hospital ao Montepio, José Luís Ferreira explica que se trata apenas de uma “colaboração” entre as duas entidades. “Vamos pôr o Termal a funcionar e acompanhar a sua gestão técnica. O Montepio está disposto a colaborar com a Câmara porque sabe que pode e deve ajudar”, disse, sublinhando que esta colaboração “é mais uma questão de cidadania pois não vamos ganhar dinheiro nenhum com isto”. E conclui: “é um serviço que prestamos à cidade”.