Iniciativa teve sessões de esclarecimento para empresas e desempregados e proporcionou entrevistas de emprego
A Expoeste acolheu, a 23 e 24 de junho, os Open Days do Emprego, com uma série de iniciativas para estimular o emprego e a empregabilidade na região, tanto junto das empresas como dos desempregados.
Numa iniciativa do Instituto de Emprego e Formação Profissional, da AIRO – Associação Empresarial da Região Oeste e do CLDS4G da Misericórdia das Caldas da Rainha, a iniciativa criou uma ponte direta entre desempregados e empregadores, com cerca de 20 empresas a recrutar diretamente no evento, mas também procurou abrir consciências para a nova realidade do mercado de trabalho.
A falta de mão-de-obra é um problema que afeta as empresas no presente e que constitui uma séria ameaça para o futuro. Foi nesse sentido que esta iniciativa foi realizada, mas também para que se perceba que há trabalho a fazer quer pelas empresas, quer por quem procura emprego, para mudar esta realidade.
Célia Roque, diretora do Centro de Emprego Oeste Norte, aponta que ainda há uma grande franja de empresas com “uma cultura de salários baixos e é muito difícil contratar pessoas qualificadas dessa forma”. Já do lado de quem procura emprego, num mercado de trabalho com tantas ofertas, “também é preciso ser mais proativo”.
Para que empresas e desempregados percebam e atuem sobre estes problemas, foi realizado um conjunto de sessões de esclarecimento. As direcionadas para as empresas, apontaram à necessidade da valorização dos recursos humanos, não só para contratar, mas também para reter recursos humanos, com destaque para as questões ligadas à felicidade no local de trabalho e da saúde mental.
Nas ações direcionadas a quem procura emprego, o foco foi direcionado à apresentação, mas também ao que o mercado de trabalho mais procura, como as softskills mais valorizadas pelos empregadores, mas também os tipos de emprego virados para o futuro, baseados no mundo digital, como o marketing, redes sociais, recolha e edição de imagem e vídeo.
Sérgio Félix, secretário-geral da AIRO, afirma que a falta de recursos humanos é um problema transversal a todos os setores, “está identificado no nosso plano estratégico e é um dos eixos em que podemos ser úteis às empresas”. “Temos contactos diários relativos a este problema, as empresas têm encomendas, mas não têm recursos humanos”.
Um problema que é estrutural e começa pelo envelhecimento da população. Por um lado, é preciso “atrair internacionalmente”, considera, mas internamente também há trabalho a fazer, nomeadamente “identificar qualificações e a oferta formativa da região e reposicioná-la, para dar resposta às empresas”, conclui. ■