Reabriu loja de vestuário Nobela na Rua das Montras

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A loja recuperou o seu nome anterior, Nobela, e vende as marcas Ana de Sousa, Fátima Veríssimo Viriato e Rialbani, entre outras

Reabriu recentemente na Rua das Montras a loja Nobela, que se dedica ao vestuário feminino. Trata-se de mais um estabelecimento comercial de Vieira Gonçalves, empresário que possui mais cinco lojas nas Caldas da Rainha – Rigor, Executiva, D’Arcos, D’Arcos Sport e Sublime – que foram adquiridos desde os anos oitenta e se situam em pleno coração comercial da cidade.
“A Nobela é uma loja de requinte e bom gosto para a mulher exigente e sem idade”, explicou o empresário. Este estabelecimento da Rua das Montras abriu portas ao público em 1947 e pertenceu aos comerciantes Arroja e Monteiro, tendo sido adquirido por Vieira Gonçalves em 1980. “Para mim, este é um espaço simbólico”, disse este comerciante, recordando que os anteriores proprietários “eram excelentes profissionais”.
Em 1985 Vieira Gonçalves mudou o nome da loja de Nobela para Ritual, mantendo-se no pronto a vestir feminino e mais tarde chegou também a alugar o espaço.
Como a loja, quando fazia parte do grupo “funcionou sempre muito bem e sempre me deu grande tranquilidade, decidi voltar a abri-la e a dar-lhe o nome original”, explicou o empresário que investiu 120 mil euros nesta reabertura.  A loja vende roupa das marcas Ana de Sousa, Fátima Veríssimo Viriato e Rialbani e ainda bijutaria e acessórios da marca Bijú. O vestuário destina-se maioritariamente às faixas etárias entre os 25 e os 45 anos. “Oferecemos  uma moda jovem, atractiva com preços convidativos”, reforçou o responsável, acrescentando que a oferta deste estabelecimento se situa entre a juventude da Darcos Sport e a oferta mais clássica e de cerimónia da sua loja Executiva. A segmentação do mercado, diz, é outros dos factores para o sucesso do seu grupo.
A reabertura da Nobela, a 31 de Março, foi decidida pelo empresário em três semanas e “foi trabalhar noite e dia para lá chegar”, disse. Em compensação “os clientes adoraram e a loja tem tido uma afluência fora do comum e com bons resultados financeiros”, explicou Vieira Gonçalves.

“Quem se aguentar, terá tempos vindouros positivos”

“Possuo um grupo de lojas e ao longo destes 36 anos de actividade, tenho tentado defender e prestigiar o comércio tradicional  caldense”
, disse o empresário, que considera que um dos factores para o sucesso das suas lojas é “uma boa relação qualidade-preço”.
Vieira Gonçalves, 65 anos, natural de Ourém, esteve vários anos em Moçambique onde se dedicou ao comércio tendo chegado ao gerente de várias lojas.
Chegou às Caldas em Fevereiro de 1975 e começou a trabalhar na área como gestor. Ao fim de um ano abriu o seu próprio negócio. A sua primeira loja foi a Popstop (onde hoje se situa a Rigor) e dedicava-se ao vestuário jovem. “Comecei logo a dar emprego pois abri a primeira loja com uma funcionária”, recordou o empresário. Em 1980 adquiria a Nobela e seguiram-se as restantes aquisições, sempre na área mais comercial das Caldas.
Ao todo já teve 36 funcionários e neste momento tem 16, três deles na nova loja. “Encaro os próximos tempos com optimismo. Os que conseguirem resistir às dificuldades actuais, terão tempos vindouros e positivos”, antevê Vieira Gonçalves.
Em 2006, após ter presidido a ACCCRO (Associação Comercial dos Concelhos das Caldas e Óbidos), Vieira Gonçalves pensou em fechar toda a sua organização. “Fiquei desiludido com o poder autárquico, com a forma como lidou com a abertura do centro comercial, prejudicando o comércio tradicional”, disse. Pensou nessa altura em encerrar todas as suas lojas ou, pelo menos, mudar de localidade.
Após um período de desmotivação, Vieira Gonçalves voltou a encarar as dificuldades com optimismo. “É preciso trabalhar muito pois o mundo da moda está em constante evolução e não se pode parar”, afirmou o empresário.
Na seu negócio, Vieira Gonçalves conta que aposta nas marcas portuguesas e só compra roupa de outros países “quando não há em Portugal produto compatível”. Na sua opinião, a oferta no vestuário português “tem  qualidade, aposta no conforto e há uma boa assistência aos clientes”. Conta que sempre que tem um problema com um produto, o fornecedor troca enquanto que com as marcas estrangeiras “é sempre muito mais difícil”.
Vieira Gonçalves diz que 90% dos produtos que comercializa são portugueses e “só não são 100% porque infelizmente muitas empresas lusas fecharam portas”.
As suas seis lojas abrem aos sábados durante todo o dia há vários anos pois “se as fechar estarei a mandar os meus clientes para os centros comerciais”, rematou o empresário, contando que este continua a ser um dia forte para a venda de peças de vestuário.
A reinaugurada Nobela, na Rua das Montras, funciona entre as 10h00 e as 19h00, de segunda-feira a sábado.

Natacha Narciso
nnarciso@gazetadascaldas.pt

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