Em média o ganho mensal dos caldenses foi de 943 euros e 984 euros no Oeste. Rendimento subiu nos primeiros anos da década de forma lenta, devido à crise, que agora volta a ameaçar as famílias
Entre 2011 e 2018, período marcado pela forte crise económica mundial e depois pela recuperação, o rendimento médio mensal nas Caldas da Rainha subiu de 894,80 para 943€, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística publicados na semana passada.
A análise dos dados permite observar uma estagnação dos rendimentos entre os anos de 2011 e 2015 – houve apenas uma ligeira quebra em 2013. Foi entre 2015 e 2017 que houve uma melhoria mais significativa, com o rendimento médio mensal dos caldenses a atingir o pico nesse ano (944,60€).
Em Óbidos, apesar de o rendimento médio mensal continuar a ser superior ao das Caldas, verificou-se uma aproximação dos dois valores, uma vez que em Óbidos a subida foi menor. Em 2011 o rendimento médio mensal era de 955,40€ e passou para 966,80€, o que corresponde a apenas 1,2%. Foi mesmo a variação mais baixa entre os 12 concelhos do Oeste. Os obidenses perderam rendimento com a crise (909€ em 2016 foi o valor mais baixo neste intervalo temporal), que só recuperaram nos dois últimos anos do estudo.
Nos concelhos do Oeste Norte, Alcobaça é o que apresentava em 2018 um rendimento médio mensal mais elevado neste estudo do INE (968,40€), com uma valorização de 11,7% em relação a 2011, quando era inferior em 102€.
Vizinhos, os concelhos de Alcobaça e Nazaré contrastam, com os rendimentos mais alto e mais baixo do Oeste
No extremo oposto da tabela encontra-se o concelho vizinho da Nazaré, com 881,10€ de rendimento médio mensal por habitante em 2018. Naquele concelho, foi, de resto, em 2015 que se sentiu maior perda de rendimento, quando o valor médio chegou mesmo a baixar a fasquia dos 800€.
Bombarral e Peniche apresentavam em 2018 um ganho mensal de 902 e 904€, no entanto o rendimento dos bombarralenses aumentou 10% desde 2011, enquanto em Peniche o aumento ficou pelos 6,8%.
É nos concelhos do Oeste que pertencem ao distrito de Lisboa que os rendimentos são mais elevados. Alenquer lidera a tabela com 1131,80€, seguido de Arruda dos Vinhos com 1080,20€ e Torres Vedras, que superou em 2018 a fasquia dos 1000€, ainda que por apenas 10 cêntimos. Já o Sobral de Monte Agraço apresenta a evolução mais favorável da região, com 16% de crescimento.
No Oeste, o rendimento médio mensal por habitante em 2018 foi de 984,70€, 48 euros abaixo da média da região Centro, onde está inserido. Já o rendimento médio nacional situa-se nos 1166,90€, com a Área Metropolitana de Lisboa a apresentar o valor mais elevado, 1440,10€.