O restaurante Portugal Express, situado na cidade de Elizabeth (NJ), EUA, completou 18 anos de bem servir os seus clientes, um percurso que o levou a ser considerado um dos principais divulgadores da gastronomia portuguesa nesta área. Emídio Horta, natural do Cabeço da Vela (Serra do Bouro), a esposa RoseMary, natural das Caldas da Rainha, e os filhos Fernando e Denise, nascidos em Elizabeth, são os seus proprietários.
O percurso começou a ser trilhado em 1971 quando o Emídio deixou o serviço militar a atravessou o Atlântico para se fixar em terras americanas. Na bagagem trouxe a incerteza, na mente a firme vontade de vencer.
Em 1972 casou com a RoseMary, e numa nova vida a dois fizeram de tudo um pouco conforme as circunstâncias iam permitindo, enquanto acalentavam o sonho de criarem o seu próprio negócio. Sonho que demorou alguns anos para ser realizado, mas pacientemente foram esperando até que em 1996 puseram de lado as actividades que exerciam noutros ramos e iniciaram a aventura de criar o seu próprio negócio na área da restauração.
E se bem o pensaram, melhor o fizeram, com a aliciante de passarem a fazer aquilo de que gostavam, mas também conscientes de que era necessário acumular forças para vencerem os possíveis desaires da fase inicial, que nunca se sabe quando podem surgir.
Desaires que passaram ao lado sem interferir no funcionamento normal da nova unidade hoteleira, que ao invés ia atraindo novos clientes e a tornar cada vez mais pequeno o espaço para os receber.
Com o ano de 2006 chegou a altura, não só de ampliar as instalações praticamente para o dobro, como também modernizá-las e moldá-las às exigências da vasta e variada clientela. Um novo bar com balcão longo e funcionável, “ilhas” de modo a que os clientes possam estabelecer conversa e conviver em pequenos grupos, foram as inovações na parte do bar, onde também se servem refeições.
Na sala de jantar, separada do bar por uma artística vedação transparente a menos de meia altura, a decoração, a disposição das mesas, as janelas grandes, fazem a diferença.
Entretanto o filho Fernando deixou a profissão de engenheiro eletrotécnico, e a filha Denise interrompeu o curso de administração de empresa e juntaram-se aos pais como novos co-proprietários. A clientela não só portuguesa como também de outras nacionalidades e de diversas origens étnicas não deixa de aumentar, e presentemente trata-se de um restaurante de família de ambiente saudável e em pleno progresso, e um ponto de encontro onde mais uma vez se torna exíguo o espaço para acomodar todos os clientes.
Embora sejam de várias origens os frequentadores deste restaurante, como referido, é de salientar que a ementa é sempre genuinamente portuguesa, onde não faltam os mais variados pratos regionais e os acepipes que completam a mesa bem à maneira lusa. O cozido à portuguesa, o bacalhau em várias estilos, o polvo, o leitão, as ameijoas, o berbigão, os vinhos e a doçaria são algumas das iguarias cada vez mais procuradas mesmo por quem não está muito familiarizado com a gastronomia portuguesa. Quanto à música ambiente, claro que sempre directamente de Portugal.
Outra das características deste restaurante é o profissionalismo e a eficiência da equipa de trabalho, composta por 18 funcionários.
Como quem já tem o dever cumprido, e com os filhos bem compenetrados na gerência do restaurante, o Emídio e a esposa passam uma boa parte do ano na sua residência no Cabeço da Vela. Por cá, o Portugal Express continua de vento em popa.
É mais uma família caldense que realizou o “sonho americano”.
Joaquim Martins