Animação e responsabilidade caldense

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José Luiz de Almeida Silva

No passado sábado o nosso jornal e o Museu do Hospital e das Caldas (é bom dizer as três palavras), voltaram a recriar no lago do Parque D. Carlos I uma tradição, que segundo edições antigas nossas, eram um momento alto na vida da população local na primeira metade do século passado. Falamos de quando o Parque era uma verdadeira sala de visitas dos caldenses (da maioria) e onde, especialmente na época do ano em que o clima era mais clemente e em que não existia televisão nas residências, boa parte da população frequentava e permanecia, tanto de dia como ao fim da tarde e à noite, dando toda uma lógica às realizações que ali ocorriam.
Já há mais de uma década que a Gazeta, associada ao MHC, tem tentado renovar esta tradição consumindo escassos recursos financeiros, juntando, nas últimas vezes, outras iniciativas de animação, que têm levado ao Parque uns milhares de pessoas, não muitos, mas os suficientes, para fazerem um dia diferente na cidade.
De qualquer forma, e apesar de nos sentirmos recompensados pelo o esforço feito, não nos parece ter ainda conseguido mobilizar uma massa grande da população, mesmo desta vez, quando foi tentado realizar em simultâneo uma Rota do Voluntariado Local, pela União de Freguesias de Nossa Sra do Pópulo.
E depois esta falta de espírito de cidadania partilhada, reflete-se nas perdas ou faltas de força que o concelho e a cidade têm em relação aos poderes regionais e nacionais, deixando muito a desejar dos tempos em que havia uma verdadeira força que influenciava as decisões do poder central e que nos colocava entre aqueles centros urbanos portugueses mais conhecidos e conceituados.
Claro que já muita água correu pelos rios, e os caldenses deixaram perder muitas oportunidades, e não conseguem inverter o rumo, por ainda não terem encontrado o fulcro adequado. Será que nos resignamos? ■

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